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21/Dec/2023

Safra 2024/2025: potencial para superar a anterior

A safra de café arábica do Brasil 2024/2025, que será colhida em 2024, tem potencial de superar o volume colhido dessa variedade em 2023/2024, com expectativas favoráveis no Sul de Minas Gerais e Zona da Mata, segundo o Rabobank. Essas regiões tradicionais de produção em Minas, maior produtor brasileiro, poderiam compensar uma possível queda na safra do Cerrado mineiro. Ainda não há números fechados, mas de maneira geral tem indícios de que o Sul de Minas e Zona da Mata têm potencial para produzir mais em 2024 do que em 2023. Por outro lado, vem sendo reportado que a situação no Cerrado é um pouco pior. Uma produção menor é esperada no Cerrado, devido à bianualidade negativa do arábica em 2024/2025, após grande produção em 2023/2024, além do tempo mais seco em novembro.

De maneira geral, o Brasil pode superar em 2024/2025 as 42,7 milhões de sacas de arábica de 2023/2024. Ainda não há um número estimado para a próxima safra do maior produtor e exportador global. No caso do banco, uma estimativa será possível somente quando o Rabobank terminar de percorrer as regiões produtoras em seu crop tour, em fevereiro. Uma safra maior de arábica, que respondeu por 65% da produção de café do Brasil em 2023/2024, segundo números do Rabobank, poderia ajudar a compensar um recuo possível na produção de grãos canéforas (robusta e conilon). A produção de canéforas, que somou 23,3 milhões de sacas em 2023/2024 no Brasil, de acordo com o Rabobank, tem um viés negativo em 2024/2025 principalmente pelo que vem sendo visto no clima em Rondônia e Bahia, que sofreram com o calor intenso e chuvas mais fracas.

No caso do Espírito Santo, principal produtor brasileiro de conilon, não se vê problemas, por ora. Esta avaliação difere da visão da Cooabriel, principal cooperativa de produtores de conilon do país, que afirmou na semana passada que já seria possível considerar perdas de 15% a 25% na produção capixaba, por conta da seca e calor. No começo do desenvolvimento da lavoura, estimar uma quebra de 20% seria exagerada. Essa avaliação se sustenta no fato de o Espírito Santo ser uma região tecnificada, que já está adotado variedades mais resistentes à seca e ter grande parte das áreas irrigadas. No Espírito Santo, no crop tour, 100% das amostras são irrigadas, é difícil achar lavoura sem irrigação.

Uma expedição técnica ao Estado capixaba para a nova safra está prevista para o início do ano que vem. Resultados preliminares de um crop tour no final de outubro por Rondônia, importante produtor de robusta, indicam uma queda na produção do Estado entre 5% a 10% em 2024/2025 em comparação com 2023/2024. Há preocupação com o sul da Bahia, é parecido com Rondônia. De qualquer forma, ao não ver perdas por ora no Espírito Santo, as lavouras capixabas poderiam eventualmente até compensar perdas em Rondônia. O Espírito Santo tem uma produção muito maior do que Rondônia e Bahia, tendo colhido 17,3 milhões de sacas de grãos conilon em 2023/2024, segundo o Rabobank. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.