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15/Dec/2023

Levantamento da safra brasileira de café 2023/2024

De acordo com o 4º e último levantamento da safra de café 2023/2024, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (14/112), a safra brasileira de café (arábica e conilon) de 2023 está estimada em 55,10 milhões de sacas de 60 Kg, o que corresponde a um crescimento de 8,2% em relação à colheita registrada em 2022 (50,92 milhões de sacas de 60 Kg). Mesmo sob o ciclo de bienalidade negativa, a produção foi superior em comparação com a safra passada, a qual foi acometida por baixas precipitações pluviométricas, longas estiagens e temperaturas acima do normal durante parte do seu desenvolvimento. O resultado também representa aumento de 1,36% em comparação com o 3º levantamento, divulgado no dia 20 de setembro, que indicava produção de 54,36 milhões de sacas de 60 Kg. O incremento é influenciado pela recuperação da produtividade, em torno de 6,3%, chegando a 29,4 sacas de 60 Kg colhidas por hectare.

Aliado a isso, a estatal verificou uma elevação de 1,8% na área em produção, chegando a 1,87 milhão de hectares. A área em formação teve uma queda de 9,5%, sendo estimada em 361,6 mil hectares. O bom resultado é reflexo da recuperação da produção das lavouras de café arábica, que representa 70,7% do volume total de café produzido no País. Com produção de 38,9 milhões de sacas de 60 Kg, crescimento de 18,9% sobre a safra anterior, esta espécie apresenta incremento de 2,3% na área em produção, aliado ao ganho estimado em 16,2% na produtividade, ocasionado pelas condições climáticas mais favoráveis em relação às últimas duas safras. Se o café arábica registra alta na produção, para o conilon é esperada uma queda de 11,2% em relação à safra passada. A colheita é estimada em 16,17 milhões de sacas de 60 Kg. Mesmo com a redução confirmada, esta é a terceira maior colheita registrada para a espécie.

Esse resultado é reflexo da menor produtividade verificada, influenciada pelas condições climáticas adversas registradas no principal Estado produtor, Espírito Santo, que impactou parte das lavouras, principalmente em fases iniciais do ciclo. O volume colhido é o terceiro maior da série histórica e acontece mesmo este sendo um ano de bienalidade negativa, uma vez que a temporada de 2022 teve seu desempenho influenciado por condições climáticas adversas ao longo do desenvolvimento da cultura. Se o atual resultado for comparado com o ano de 2021, último de bienalidade negativa, a alta chega a 15,4%. Apenas em Minas Gerais, principal Estado produtor de café, o volume a ser colhido é de aproximadamente 29 milhões de sacas de 60 Kg, aumento de 32,1% em comparação com o volume total colhido na safra anterior. Mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras, o desempenho das lavouras apresenta um crescimento de 24,2% na produtividade.

Outro importante produtor de arábica, São Paulo produzirá 5,03 milhões de sacas de 60 Kg, alta de 14,7% se comparado com o volume obtido em 2022. No Paraná, o incremento na produtividade atinge 51,5% com produção estimada em 718,5 mil sacas de 60 Kg. Na Bahia, foram verificados os efeitos da bienalidade negativa nos parques cafeeiros desta espécie, com uma queda de 12,8% na colheita, chegando a 1,1 milhão de sacas de 60 Kg. No Espírito Santo, a colheita está estimada em cerca de 13 milhões de sacas de 60 Kg no total, sendo 10,16 milhões de sacas de 60 Kg apenas de conilon. Segundo maior produtor de café conilon no País, em Rondônia a produção chega a 3,04 milhões de sacas de 60 Kg, alta de 8,6% em comparação com a safra passada. Resultado favorecido pelo ganho de 16,4% na produtividade, estimulada pelas condições climáticas favoráveis, à entrada de novas áreas em produção, com clones com maior potencial produtivo, melhor manejo das culturas e à maioria das lavouras estarem equipadas com dispositivos para irrigação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.