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12/Dec/2023

Arábica predomina na exportação brasileira em 2023

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o arábica foi o principal café exportado de janeiro a novembro, com 27,508 milhões de sacas de 60 Kg, ou 78,6% do total. A variedade canéfora (conilon + robusta) somou 4,138 milhões de sacas de 60 Kg embarcadas no período, ou 11,8%, acompanhada pelo segmento do solúvel, com 3,312 milhões de sacas de 60 Kg (9,5%), e pelo produto torrado e torrado e moído, com 45.987 sacas de 60 Kg (0,1%). Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis respondem por 17,4% das exportações totais brasileiras do produto no acumulado deste ano, com o envio de 6,075 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior. Esse volume representa queda de 3,9% frente ao registrado entre janeiro e novembro de 2022. O preço médio desse produto foi de US$ 229,18 por saca de 60 Kg, gerando uma receita cambial de US$ 1,392 bilhão nos 11 primeiros meses de 2023, o que corresponde a 19,3% do obtido com os embarques totais de café. No comparativo anual, o valor é 22,2% inferior ao aferido em idêntico intervalo do ano passado.

No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados até novembro, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, com a aquisição de 1,317 milhão de sacas de 60 Kg, o equivalente a 21,7% do total desse tipo de produto exportado. Depois, aparecem Alemanha, com 995.978 sacas de 60 Kg e representatividade de 16,4%; Bélgica, com 585.039 sacas de 60 Kg (9,6%); Holanda (Países Baixos), com 387.856 sacas de 60 Kg (6,4%); e Reino Unido, com 286.614 sacas de 60 Kg (4,7%). Considerados todos os cafés exportados nos 11 primeiros meses de 2023, os Estados Unidos permanecem como o principal destino, apesar da queda de 25,7% na comparação com janeiro a novembro de 2022. Os norte-americanos importaram, até o mês passado, 5,471 milhões de sacas de 60 Kg, montante que representa 15,6% dos embarques totais. A Alemanha, com representatividade de 12,6%, adquiriu 4,420 milhões de sacas de 60 Kg (-30,3%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, vêm Itália, com a compra de 2,827 milhões de sacas de 60 Kg (-9,2%); Japão, com 2,072 milhões de sacas de 60 Kg (+21,9%); e Bélgica, com 1,956 milhão de sacas de 60 Kg (-29,1%).

A China segue com o melhor crescimento percentual entre os 10 principais parceiros comerciais dos cafés do Brasil até novembro de 2023. O gigante asiático importou 1,152 milhão de sacas de 60 Kg no acumulado deste ano, elevando em 221% suas importações frente ao mesmo período de 2022, e saltou para o oitavo lugar no ranking. Também cresceram as exportações para o Reino Unido (71%), Turquia (36,2%) e Holanda (33,1%) nesse período. Quando a análise se volta às importações dos cafés nacionais realizadas por outras nações cafeeiras, observam-se substanciais avanços nos embarques realizados para Vietnã (+503,4%), o segundo maior produtor do mundo, atrás do Brasil; México (+463%); e Indonésia (+135,6%). Nos casos de Vietnã e Indonésia, a justificativa se dá em função de quebras de safra e a necessidade do conilon e do robusta brasileiros para suprir. O México adquire os cafés verdes brasileiros para processamento industrial e consequentes consumo interno e reexportação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.