ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

06/Dec/2023

Preços do café sobem com problemas climáticos

Em novembro, agentes do setor cafeicultor brasileiro estiveram atentos e preocupados com os impactos do clima sobre as lavouras. Esse cenário, aliado aos menores estoques certificados da Bolsa de Nova York impulsionou os preços. Consequentemente, a liquidez no spot nacional esteve aquecida em alguns períodos do mês passado. Diante da atuação do fenômeno climático El Niño, uma onda de calor foi registrada em meados de novembro, as temperaturas chegaram a ficar acima dos 42ºC em algumas fazendas. Posteriormente, foram observados fortes temporais acompanhados de ventos (que atingiram os 70 km/hora, segundo a Climatempo) e de queda de granizo em algumas localidades. Esses fatores acarretaram danos em diversas lavouras. Neste momento, as floradas estão evoluindo para os chumbinhos na planta, mas tais intempéries climáticas estão causando um número elevado de abortamento das flores/chumbinhos.

Levando-se em consideração a fisiologia do cafeeiro, é comum que parte dos chumbinhos caia dos pés, mas os produtores estão apreensivos, já que a queda está ocorrendo de forma acima do normal. Além disso, em regiões produtivas da Região Sudeste e em Rondônia, as chuvas estão irregulares e insuficientes para o enchimento correto dos grãos. Em novembro, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado de chuva foi de 230,8 mm em Londrina (PR); de 194 mm em Marília (Garça/SP); de 158,2 mm em Franca (SP); de 96 mm em Cacoal (RO); de 95,8 mm em Varginha (MG); de 65 mm em Manhuaçu e em Patrocínio (ambos em MG); e de 27,8 mm em Linhares (ES). Assim, com expectativas ainda incertas a respeito do volume a ser colhido na safra 2024/2025, os valores de negociação do grão estão em alta, tanto para o arábica, quanto para o robusta. No encerramento de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, se aproximou dos R$ 945,00 por saca de 60 Kg, sendo este o maior valor nominal desde 19 de junho deste ano.

A média de novembro foi de R$ 888,00 por saca de 60 Kg, R$ 58,00 por saca de 60 Kg (+7%) acima da média de outubro. No front externo, os aumentos também foram consideráveis. No dia 30 de novembro, o contrato com vencimento em Março/2024 fechou a 184,70 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York, elevação de 7,3% frente ao dia 16 de novembro, data em que ocorreu a rolagem dos contratos negociados. Para o robusta, as cotações se aproximaram dos R$ 700,00 por saca de 60 Kg no dia 30 de novembro. Ressalta-se que a menor produção no Vietnã e, consequentemente, a redução no volume disponível para exportação elevaram a procura pela variedade brasileira. Em novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, teve média de R$ 660,62 por saca de 60 Kg, aumento de 2,5% frente à de outubro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.