16/Nov/2023
Os preços do café arábica seguem oscilando no mercado brasileiro, mas, no geral, as altas prevalecem. O arábica voltou a fechar acima dos R$ 900,00 por saca de 60 Kg, o que não era verificado desde junho deste ano. A alta no preço tem movimentado as negociações envolvendo o arábica, mas os fechamentos envolvem volumes pouco significativos. Ressalta-se que, como a safra 2023/2024 colhida apresentou custos de produção bastante elevados, os produtores vendem o grão apenas quando os valores ficam mais atrativos. Agentes também reportam fixação de preços de grãos da safra 2024/2025, mas ainda em ritmo abaixo do de anos anteriores.
No geral, o setor está atento às quedas nas produções de arábica na Colômbia, principal concorrente do Brasil. Além disso, os impactos do El Niño sobre as regiões produtoras nacionais e os baixos estoques certificados da Bolsa de Nova York têm influenciado as cotações. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 902,95 por saca de 60 Kg, aumento de 3,6% nos últimos sete dias. No acumulado da parcial do mês, o avanço é de 4,6%. Na Bolsa de Nova York, o contrato do café arábica com vencimento em dezembro/2023 tem valorização de 2,85% nos últimos sete dias, a 178,65 centavos de dólar por libra-peso.
Os agentes estão atentos e preocupados com os possíveis impactos do clima bastante quente sobre as lavouras de café. Em algumas regiões, as temperaturas ultrapassam os 40ºC. Esse cenário e a ausência de chuvas prevista para os próximos dias podem prejudicar as flores e os chumbinhos, além do desenvolvimento inicial da temporada 2024/2025. No Cerrado Mineiro (MG), os agentes estão preocupados com a falta de chuvas. Nas demais localidades produtivas, mesmo com o clima bastante quente, a umidade do solo parece estar um pouco melhor, mas chuvas e temperaturas mais amenas são primordiais para um andamento da safra mais tranquilo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.