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14/Nov/2023

Exportação brasileira de café avança em outubro

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações brasileiras de café somaram 4,356 milhões de sacas de 60 Kg em outubro, volume 21,8% maior que o de outubro de 2022. A receita, porém, recuou 2,5% na mesma comparação, a US$ 847,2 milhões. O desempenho foi considerado positivo. O mês passado foi o segundo melhor outubro nos últimos cinco anos. Os cafés conilon e robusta, com 662 mil sacas de 60 Kg enviadas ao exterior, tiveram sua segunda melhor performance para um único mês na história e cresceram 479,5% sobre outubro de 2022. Problemas nas safras de outros produtores de canéfora levaram compradores a se voltarem para o Brasil, que segue competitivo no mercado global.

O próprio Vietnã e a Indonésia estão buscando os cafés brasileiros, com as exportações a esses países produtores avançando 565,3% e 123,2%, respectivamente, no acumulado de janeiro a outubro deste ano. Destaque também para o crescimento nos embarques para o México. O México ampliou em 432,4% as importações de cafés verdes do Brasil, já adquirindo 341,5 mil sacas de 60 Kg do produto no acumulado de 2023. Lembrando que há entraves logísticos na exportação, como a menor disponibilidade de contêineres e atrasos recorrentes de navios. Relatório Detention Zero (DTZ), elaborado pela Ellox Digital em parceria com o Cecafé, mostrou que o índice de atrasos de navios no Porto de Santos (SP) veio se agravando gradativamente nos últimos meses e chegou a 76% em outubro, o maior percentual apurado neste ano.

Esses problemas resultam em adiamentos regulares de embarques e pátios abarrotados de contêineres nos terminais portuários, que estão com dificuldades para receber cargas devido às limitações físicas de espaço no terminal. Com embarques volumosos e crescentes de açúcar, algodão, soja e milho no segundo semestre, por exemplo, os entraves se agravaram e seguem causando preocupação quanto ao retorno à normalidade das operações. A origem desses atrasos nos navios no Porto de Santos se deu com a ocorrência de ciclones e tempestades tropicais na Região Sul. Essas adversidades climáticas estão impedindo as embarcações de atracarem nos portos do Sul, o que vem causando o acúmulo de cargas nos demais portos brasileiros, como no complexo portuário de Santos, por exemplo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.