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11/Oct/2023

Arábica predomina na exportação brasileira em 2023

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), de janeiro a setembro, o café arábica foi o mais exportado pelo Brasil, com 20,803 milhões de sacas de 60 Kg, ou 79,3% do total. De solúvel foram 2,803 milhões de sacas de 60 Kg embarcadas no intervalo, ou 10,7% o total, seguido pela variedade canéfora (conilon + robusta), com 2,581 milhões de sacas de 60 Kg (9,8%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 38.907 sacas de 60 Kg (0,1%). Os embarques dos cafés canéforas são os únicos com desempenho positivo no acumulado deste ano, crescendo substanciais 111% em relação a 2022. Essa variedade segue mais competitiva no mercado global e bastante demandada devido a problemas na produção em países como Vietnã e Indonésia.

Não é de se estranhar, assim, que o Vietnã tenha ampliado em significativos 537% suas importações de café verde do Brasil no acumulado do ano até setembro, tampouco que os indonésios registrem incremento de 85,5% nas aquisições de nosso produto in natura no mesmo período. Os produtos com qualidade superior ou que possuem certificados de práticas sustentáveis responderam por 16,7% das exportações totais brasileiras do produto no acumulado deste ano, com o envio de 4,382 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior. Esse volume representa queda de 16,1% frente ao registrado entre janeiro e setembro de 2022. O preço médio foi de US$ 237,00 por saca de 60 Kg, com receita cambial de US$ 1,038 bilhão nos nove primeiros meses de 2023, ou 18,7% do obtido com os embarques totais de café.

No comparativo anual, o valor é 29,5% inferior ao aferido em idêntico intervalo do ano passado. No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados até setembro, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, com a aquisição de 998.053 sacas de 60 Kg, o equivalente a 22,8% do total desse tipo de produto. Na sequência aparecem Alemanha, com 619.329 sacas de 60 Kg e representatividade de 14,1%; Bélgica, com 466.775 sacas de 60 Kg (10,7%); Holanda (Países Baixos), com 266.399 sacas de 60 Kg (6,1%); e Reino Unido, com 222.707 sacas de 60 Kg (5,1%). Considerados todos os tipos de café brasileiro, os Estados Unidos permanecem como o principal destino nos nove meses do ano, tendo importado 4,359 milhões de sacas de 60 Kg, ou 25,7% a menos do que o registrado no mesmo período de 2022. Esse montante equivale a 16,6% dos embarques totais no intervalo recente.

A Alemanha, com representatividade de 12%, adquiriu 3,146 milhões de sacas de 60 Kg (-38,4%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, aparecem Itália, com 2,036 milhões de sacas de 60 Kg (-15,2%); Japão, com 1,696 milhão de sacas de 60 Kg (+24,1%); e Bélgica, com 1,432 milhão de sacas de 60 Kg (-37,7%). Entre os 10 principais parceiros comerciais dos cafés do Brasil até setembro de 2023, a China se mantém como destaque positivo. O gigante asiático importou 669,3 mil sacas de 60 Kg no intervalo, ampliando em 132,5% suas aquisições na comparação com o mesmo período do ano passado e ocupando a décima colocação no ranking dos maiores destinos até o momento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.