21/Sep/2023

No mercado doméstico, ainda que as cotações, tanto do arábica quanto do robusta, sejam consideradas insatisfatórias por grande parte dos produtores, a necessidade de fazer caixa para o pagamento das contas do fim da temporada levou ao fechamento de alguns negócios em agosto. Ressalta-se que, para o robusta, as desvalorizações têm sido menos intensas que para o arábica, o que pode ter contribuído para o forte aumento das exportações da variedade. Em agosto, o preço médio do arábica fechou a R$ 826,89 por saca de 60 Kg, queda de 36,5% (- R$ 475,00 por saca de 60 Kg) frente à média de agosto de 2022 (R$ 1.302.15 por saca de 60 Kg).

Para o robusta, o recuo foi de 10,9% (-R$ 79,89 por saca de 60 Kg), para R$ 653,22 por saca de 60 Kg no último mês, contra R$ 733,12 por saca de 60 Kg, em média, em agosto/2022. Para os próximos meses, os agentes ainda estão incertos quanto ao volume a ser exportado. A sinalização de uma boa safra em 2024/2025 pode pressionar as cotações, afastar agentes do mercado e, com isso, limitar os embarques. No entanto, para a safra ser elevada, bons volumes de chuva nas próximas semanas são cruciais para a abertura de mais floradas e o desenvolvimento satisfatório dos chumbinhos.

Nesse contexto, o cenário fica bastante imprevisível, e os produtores devem se atentar às condições climáticas. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 831,19 por saca de 60 Kg, alta de 2,8% nos últimos sete dias. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, está cotado a R$ 651,14 por saca de 60 Kg, elevação de 0,5% nos últimos sete dias. O tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo por sua vez, tem média de R$ 644,22 por saca de 60 Kg, aumento de 1,25%, no mesmo comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.