21/Sep/2023
De acordo com 3º levantamento da safra de café divulgado nesta quarta-feira (20/09) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra brasileira de café de 2023/2024 está estimada em 54,36 milhões de sacas de 60 Kg, o que corresponde a um crescimento de 6,8% em relação à colheita registrada em 2022 (50,92 milhões de sacas de 60 Kg), com cerca de 95% do café já colhido no fim de agosto. Além de ser um recorde para um ano de bienalidade negativa, essa é a terceira maior safra já colhida no País, atrás apenas dos anos de 2018 e 2020 ambos de bienalidade positiva. Se a estimativa para este ano for comparada com o volume colhido na safra de 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento chega a ser de 13,9%. No 2º levantamento, divulgado em 19 de maio, a Conab projetou a produção brasileira na safra 2023 com perspectiva de crescimento de 7,5% em relação ao ciclo passado, com uma colheita estimada em 54,74 milhões de sacas de 60 Kg beneficiadas, representando baixa de 0,7% ante a previsão atual.
A expectativa é de uma recuperação para o desempenho do café arábica neste ano. A colheita desta espécie do grão deve atingir 38,16 milhões de sacas de 60 Kg (32,72 milhões de sacas de 60 Kg em 2022). A alta é reflexo de um incremento de 2,4% na área em produção, aliado ao ganho estimado em 13,9% na produtividade, influenciado pelas condições climáticas mais favoráveis em relação às últimas duas safras. Destaque para o desempenho de Minas Gerais, principal estado cafeicultor do País, que mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras apresenta um crescimento de 29,5% na produção. Cenário oposto é encontrado nas lavouras de conilon, onde é esperada uma queda de 11% na colheita quando comparado com o excelente resultado obtido em 2022, com estimativa de serem colhidas 16,2 milhões de sacas de 60 Kg neste ano (18,20 milhões de sacas de 60 Kg em 2022).
Este resultado se deve, sobretudo, à queda de 10,8% na produtividade, reflexo das condições climáticas um pouco adversas, registradas no principal estado produtor de conilon, o Espírito Santo, que impactou parte das lavouras, principalmente em fases iniciais do ciclo. Essa perda não foi compensada pelos ganhos esperados em Rondônia e Mato Grosso. O levantamento mostra, ainda, que a área total destinada à cafeicultura no País em 2023, para o arábica e conilon, totaliza 2,238 milhões de hectares (2,241 milhões de hectares em 2022), dos quais 1,88 milhão de hectares em produção, com crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior, e 362,5 mil hectares em formação, com redução de 9,3%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.