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13/Sep/2023

Arábica: preço enfraquecido e comercialização lenta

A colheita de café arábica da safra 2023/2024 está praticamente finalizada nas principais regiões produtoras brasileiras. Nas regiões da Mogiana (SP), Sul de Minas (MG), Matas Mineiras (MG) e no Espírito Santo, ainda restam apenas pequenos volumes de café de varrição a serem recolhidos. Em Garça (SP), os trabalhos estão em mais de 90% do total. Esta temporada foi marcada por um elevado volume de cafés de chão, ainda em processo de recolha. No Cerrado Mineiro (MG) e no Noroeste do Paraná, as atividades estão entre 92% e 95% do total. Nesta safra, a qualidade dos grãos está um pouco inferior à que foi obtida no ciclo 2022/2023.

No início das atividades de campo, um alto volume de café verde foi colhido e, nesta fase final, há forte presença de grãos de varrição. Colaboradores relatam um alto volume de “xícaras quebradas” (problemas de qualidade em um mesmo lote) nas classificadoras. Contudo, o padrão de peneira está levemente superior ao observado nos anos anteriores. Atualmente, as atenções estão voltadas ao início das floradas nas regiões produtoras, que já abriram em alguns talhões (principalmente nos irrigados) das seguintes localidades: Matas Mineiras (MG), Garça (SP), Mogiana (SP) e Sul de Minas (MG). Os produtores esperam que, nas próximas semanas, o clima seja favorável (certo volume de chuvas e temperaturas amenas) para o desenvolvimento das flores da temporada 2024/2025.

A princípio, as expectativas são bastante otimistas, unindo-se ao fato de que o próximo ciclo será de bienalidade positiva. Com o fim da colheita da temporada 2023/2024, o próximo passo é realizar os tratamentos de condução da próxima safra. No geral, os produtores mais tecnificados já iniciaram os tratamentos de pré e pós-florada nos talhões que deverão produzir em 2024. Ressalta-se também que, mesmo com os menores preços do café em 2023 frente a anos anteriores, os fertilizantes (insumos que mais encareceram nos últimos anos) estão atualmente com preços mais baixos, o que auxilia ainda mais o produtor na condução de uma boa colheita (a depender, também, de condições climáticas favoráveis).

Nos últimos dias, o mercado apresenta lentidão, tanto no Brasil quanto no exterior. No dia 4 de setembro, foi feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, e a Bolsa de Nova York não operou. No dia 7 de setembro, foi feriado da Independência do Brasil, o que reduziu as negociações no restante daquela semana, visto que agentes brasileiros se ausentaram do mercado. Os produtores seguem desestimulados para a realização de acordos nas cotações atuais e devem continuar reticentes nos próximos meses, já que grande parte deles está capitalizada. Nesse cenário, os preços estão enfraquecidos. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo está cotado a R$ 808,49 por saca de 60 Kg, baixa de 1,6% nos últimos sete dias.

Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2023 do café arábica está cotado a 152,85 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 0,6% nos últimos sete dias, impulsionado pela desvalorização do dólar frente ao Real. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, está cotado a R$ 647,55 por saca de 60 Kg, redução de 1% nos últimos sete dias. O tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, tem média de R$ 636,28 por saca de 60 Kg, recuo de 1,4% no mesmo comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.