30/Aug/2023

No spot nacional, o mercado tem seguido um ritmo bastante lento, sendo fortemente limitado pelos menores valores oferecidos por compradores. Alguns produtores de São Paulo, inclusive, começam a se mostrar desanimados com o mercado, e indicam que podem migrar parte da área para outras culturas, como grãos, sobretudo soja. Vale lembrar que as últimas safras de café (principalmente a última 2022/2023) foram prejudicadas pelo clima (como geadas), que limitou a produção e, consequentemente, os ganhos com as vendas.

A atual temporada 2023/24, por sua vez, apresenta produção elevada, mas os custos foram extremamente altos, e os preços de comercialização estão em queda, contexto que limita fortemente os investimentos nas lavouras. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 817,72 por saca de 60 Kg, alta de 0,8% nos últimos sete dias. Na Bolsa de Nova York, as cotações futuras do arábica estão oscilando, influenciadas por movimentos de mercado, pela oscilação cambial, pelo clima favorável à colheita de café na Colômbia, pela desvalorização do robusta no Vietnã (devido à chegada de novos grãos) e pelo aumento dos preços na Indonésia, em decorrência da menor oferta local do grão.

O contrato Dezembro/2023 do café arábica está cotado a 152,75 centavos de dólar por libra-peso, avanço de 1,3% nos últimos sete dias. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, está cotado a R$ 645,31 por saca de 60 Kg, recuo de 0,2% nos últimos sete dias. Para o tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, a média é de R$ 633,92 por saca de 60 Kg, baixa de 0,3% no mesmo comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.