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13/Jul/2023

Exportação brasileira recuou na safra 2022/2023

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), o Brasil exportou na safra 2022/2023, encerrada em junho, 35,626 milhões de sacas de café, 10,2% abaixo dos 39,691 milhões de sacas de 60 Kg do período de julho de 2021 a junho do ano passado. A receita, porém, ficou praticamente estável, em US$ 8,135 bilhões, ante US$ 8,136 bilhões do ciclo anterior. Considerado apenas o mês de junho, os embarques do produto somaram 2,64 milhões de sacas de 60 Kg (-17,2% ante junho/2022) e a receita foi de US$ 586,8 milhões (-21,3%). No primeiro semestre, os embarques de café totalizam 16,226 milhões de sacas de 60 Kg (-18,9%) e renderam US$ 3,547 bilhões (-23,8%).

A entidade comemorou a estabilidade da receita com as exportações na safra 2022/2023. O Brasil é o País que mais repassa o preço (Free on Board) FOB da exportação aos produtores. Nos últimos anos, esse índice foi de 85% para o arábica e 93% para o conilon, fortalecendo o conceito de renda sustentável aos cafeicultores nacionais. No ano-safra 2022/2023, a variedade arábica liderou os embarques de café brasileiro, com 30,337 milhões de sacas de 60 Kg, ou 85,2% do total. As vendas externas do solúvel totalizaram 3,776 milhões de sacas de 60 Kg, ou 10,6%. A variedade canéfora (robusta + conilon) somou 1,467 milhão de sacas de 60 Kg (4,1%) e o produto torrado e torrado e moído, com 45.806 sacas de 60 Kg (0,1%).

Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis representaram 17% das exportações totais brasileiras do produto no ano-safra 2022/2023, com o envio de 6,05 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior. Esse volume representa queda de 22,7% na comparação com o registrado na temporada 2021/2022. O preço médio desse produto foi de US$ 259,51 por saca de 60 Kg, com receita cambial de US$ 1,570 bilhão de julho do ano passado ao fim de junho deste ano, o equivalente a 19,3% do obtido com os embarques totais. No comparativo anual, o valor também é 22,7% menor do que o aferido no mesmo intervalo anterior.

A tendência, a partir de julho, é de que os números comecem a ficar positivos novamente. Com a queda na produção e o período de fim da safra, houve recuo nos embarques em junho. Agora, com a entrada da safra nova (do ciclo 2023/2024, que está em colheita), certamente haverá uma recuperação nas exportações. Em relação ao café conilon, a expectativa é de aumento nos embarques externos, já que, com a quebra de safra em países produtores dessa variedade, o Brasil passou de um país pouco competitivo para bastante competitivo. Desta forma, haverá maior participação do conilon nas exportações do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.