23/Mai/2023

De acordo com o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em Bogotá, a produção de café da Colômbia, segundo maior produtor de arábica do mundo, atrás do Brasil, deve alcançar 11,6 milhões de sacas de 60 Kg na safra 2023/2024, o que corresponde a aumento de cerca de 300 mil sacas de 60 Kg em comparação com a estimativa para a safra anterior 2022/23, de 11,3 milhões de sacas de 60 Kg. A melhoria das condições climáticas para o cultivo do café provavelmente aumentará a produção.

O USDA cita previsão do recente relatório do Instituto Colombiano de Meteorologia (Ideam), o qual informa que o fenômeno climático La Niña terminou no início de 2023. Espera-se que as condições neutras continuem até o fenômeno climático El Niño se desenvolver com uma probabilidade de 62% no segundo semestre de 2023. Com relação à safra 2022/2023, a estimativa de produção foi revisada para 11,3 milhões de sacas de 60 Kg, 10,3% abaixo da estimativa oficial do USDA, de 12,6 milhões de sacas de 60 Kg. Chuvas excessivas causadas pelo La Niña se estenderam por mais tempo do que o esperado.

Isso, combinado com níveis mais baixos de fertilização em virtude dos altos preços desse insumo, prejudicou a produtividade na safra 2022/2023. As exportações de café da Colômbia em 2023/2024 devem avançar para 12,1 milhões de sacas de 60 Kg, o que representa um aumento de 1,7% em relação ao volume do ano de comercialização anterior, 2022/2023. Isso ocorre principalmente pela projetada recuperação da produção. A safra 2022/2023, que foi revisada de 12,8 milhões de sacas de 60 Kg para 11,9 milhões de sacas de 60 Kg (baixa de 6,7%) deve diminuir por causa de uma contração na produção em virtude das condições climáticas adversas e menor nível de fertilização dos cafezais.

As importações de café pela Colômbia em 2023/2024 devem atingir 2,6 milhões de sacas de 60 Kg, para equilibrar a demanda atual (exportação e consumo interno), enquanto a produção se recupera lentamente. As importações de café pela Colômbia em 2022/2023 foram revisadas para aumento de 19%, de 2,1 milhões de sacas de 60 Kg para 2,5 milhões de sacas de 60 Kg, para abastecer o consumo interno com a diminuição da produção local.

Há aproximadamente quatro anos, o Brasil tornou-se o principal fornecedor de café para as importações colombianas, respondendo por 58% das importações totais em 2021/2022. O Peru continua sendo o segundo maior fornecedor com 22% das importações, seguido por Honduras (9%) e Equador (4%). As importações são usadas principalmente para atender a demanda por produtos de menor qualidade no mercado colombiano. A Colômbia importa principalmente café em grão (91%), seguido por importações de café solúvel (8%) e café torrado (1%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.