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19/Mai/2023

Estimativa para safra brasileira de café 2023/2024

De acordo com o 2º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a cultura do café, a produção brasileira de café deve atingir 54,74 milhões de sacas de 60 Kg em 2023/2024, o que corresponde a um aumento de 7,5% em comparação com o ano passado (50,92 milhões de sacas de 60 Kg). O bom resultado é esperado mesmo em um ano de bienalidade negativa, como na 1ª pesquisa da Conab, apresentada em janeiro, a produção foi estimada em 54,94 milhões de sacas de 60 Kg, 0,4% (perto de 200 mil sacas de 60 Kg) maior ante a previsão atual. Se a estimativa para este ano for comparada com o volume colhido na safra 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento alcança 14,7%. O ciclo da cultura está em andamento e ainda depende do comportamento climático. A colheita é incipiente, com 4,5% colhida no fim de abril.

Por ser uma cultura perene, a estiagem e as geadas ocorridas em 2021 influenciaram no desempenho produtivo das lavouras de café no ano passado não permitindo que as plantas atingissem seu potencial produtivo. Como as condições climáticas em 2022 foram melhores, é possível verificar uma recuperação dessa produção, principalmente nas áreas produtoras de café arábica. A expectativa para o café arábica é que sejam colhidas 37,93 milhões de sacas de 60 Kg, o que representa 69,3% da produção de café no País. Se confirmado, o volume representa um incremento de 15,9% sobre a safra de 2022. Essa alta é explicada pelo aumento de 1,9% na área em produção da espécie, aliado ao ganho de 13,7% no rendimento das lavouras, como verificado em Minas Gerais, maior produtor de arábica. Para o café conilon, a perspectiva para a atual temporada é de uma produção de 16,81 milhões de sacas de 60 Kg, redução de 7,6% da safra passada.

O aumento esperado na colheita de Rondônia, Bahia e Mato Grosso não compensaram as perdas de produtividade estimadas no Espírito Santo, maior produtor de conilon. Durante o desenvolvimento do grão no Espírito Santo, foram registradas condições adversas, principalmente as fases iniciais do ciclo da cultura, impactando no desempenho dos cafezais. A produção em Minas Gerais deve alcançar 27,83 milhões de sacas de 60 Kg, aumento de 26,7% em comparação ao volume total colhido na safra anterior. O crescimento é justificado pelo aumento da área, pelo ganho na produtividade e, principalmente, pelas melhores condições das lavouras após as últimas safras, caracterizadas por clima adverso. No Espírito Santo, principal produtor do tipo conilon, a safra está prevista em 13,650 milhões de sacas de 60 Kg, com expectativa de redução de 18,4% na produção ante 2022.

A causa é o longo período de estiagem, aliado às baixas temperaturas e ano de bienalidade negativa, sobretudo, no arábica. Para o café conilon, a produção está estimada em 10,575 milhões de sacas de 60 Kg, redução de 14,4% em relação à safra anterior. Para o arábica, a produção deverá ser de 3,075 milhões de sacas de 60 Kg, 29,5% abaixo do volume colhido na safra 2022. A área em produção total destinada à cafeicultura no País em 2023, considerando as duas espécies mais cultivadas no País (arábica e conilon), totaliza 1,87 milhão de hectares, aumento de 1,7% sobre a área da safra anterior. A área em formação, aquela destinada pelos produtores para a introdução de novas plantas ou ainda para realizar tratos culturais, como podas drásticas, está estimada em 375,5 mil hectares em formação, queda de 6% em relação ao ciclo anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.