10/Mai/2023

Enquanto a colheita de café arábica progride aos poucos em algumas regiões do estado de São Paulo, o ritmo de negócios envolvendo a variedade também está bastante lento no spot nacional. No campo, os cafés colhidos na região de Garça (SP) que têm chegado para prova apresentam boa qualidade. Na região da Mogiana (SP), relatos apontam para grãos ainda bem verdes. Mesmo assim, alguns produtores optaram por dar sequência aos trabalhos, mesmo com esse grau de maturação, já que as chuvas ocasionaram significativa derrubada de grãos no chão.

Os produtores das demais regiões de Minas Gerais e do Paraná ainda aguardam mais alguns dias para iniciar os trabalhos de forma mais consistente. No geral, o café arábica vem sendo negociado no spot nacional pouco acima dos R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg, mas esse valor não anima parte dos produtores, que prefere segurar seus lotes em detrimento de disponibilizá-los. Com a aguardada chegada de cafés novos no mercado, agentes estão atentos a possíveis pressões sobre os preços de negociação, inclusive, muitos compradores, à espera do grão da nova safra, já se afastaram das aquisições. No entanto, os produtores mais capitalizados também estão retraídos, contexto que pode ajudar a limitar possíveis desvalorizações do grão.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.058,53 por saca de 60 Kg, queda de 1,5% nos últimos sete dias. No mercado externo, os valores estão oscilando com certa força, com os futuros sendo influenciados por movimentos de correção e recuperação do mercado, por mudanças cambiais e pelo aumento de juros, divulgado pela Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Na Bolsa de Nova York, o vencimento Julho/2023 está cotado a 183,95 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 1,5% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.