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09/Mai/2023

Preços na Bolsa de Nova York refletem baixa liquidez

Segundo a Hedgepoint Global Markets, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York têm refletido a dinâmica de incerteza e baixa liquidez. Três pontos baixistas, no entanto, têm causado impacto no mercado. Um deles é a pressão da colheita brasileira do ciclo 2023/2024, que já começou, em meio a mais estoques nas mãos dos produtores. Além disso, a liquidez está baixa porque os compradores estão trabalhando com compras 'da mão para boca'. Como referência, até abril, a safra brasileira de arábica estava 85% comercializada e, no mesmo período das duas últimas safras, estava 90% comercializada. Considerando as diferenças no tamanho da safra, a diferença na taxa de venda representa uma adição de 2,7 milhões de sacas de 69 Kg em relação ao ano anterior. Fatores técnicos também indicam baixa para as cotações, já que as médias móveis de 14 e 7 dias estão agora testando a média móvel de 100 dias.

O próximo nível para o segundo contrato (julho/2023) na Bolsa de Nova York é 180,00 centavos de dólar por libra-peso. Os sinais de demanda também são fracos, especialmente nos Estados Unidos. O país está importando menos café em relação ao ano anterior (-4%) e os estoques não estão caindo de acordo com essa métrica. Os dados das importações de março são esperados nos próximos dias, o que iluminará os resultados dos estoques da Associação de Café Verde do país (GCA) que foram neutras/baixistas em seu último lançamento. Além disso, do lado da origem, a Costa Rica, que produz cafés suaves de alta qualidade com os maiores diferenciais na América Central, está registrando queda nas exportações, enquanto os suaves mais baratos, como Honduras, registram exportações mais altas, com aumento de 50% ao ano em abril.

No acumulado, as exportações de Honduras estão 7% maiores quando comparadas ao mesmo período do ano passado, atingindo 3,3 milhões de sacas de 60 Kg. As exportações de Honduras devem totalizar 5,6 milhões de sacas de 60 Kg neste ciclo, resultando em estoques finais diminuindo quase pela metade em comparação com o ciclo anterior. A Costa Rica, por sua vez, exportou 8% a menos no acumulado até abril no ciclo 2022/2023 em relação ao período anterior. E essa dinâmica se dá apesar da boa disponibilidade: o país iniciou essa safra com estoques 27% maiores, e o Instituto de Café do país (Icafe) registra uma produção excepcional para o ciclo 2022/2023, com aumento de 14%. A safra atual do país está estimada em 1,4 milhão de sacas de 60 Kg, com potencial de crescer também em 2023/2024, para 1,6 milhão de sacas de 60 Kg, desde que o El Niño não atrapalhe o desenvolvimento da safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.