27/Abr/2023

Segundo o Itaú BBA, a perspectiva de uma leve melhora da produção global de café neste ano e um cenário para 2024/2025 positivo, até aqui, sugerem que o produtor se proteja por meio da fixação de preços, com parcimônia, e com os cuidados necessários, considerando que o inverno pela frente pode abrir novas oportunidades por causa do risco de geadas nos cafezais. Com a previsão climática para as próximas semanas indicando dias mais secos, a colheita do conilon deve ganhar ritmo no Brasil. A colheita do arábica deve se iniciar mais próximo de junho, sendo importante o acompanhamento das chuvas neste momento, além do frio.

Caso ocorram precipitações daqui para frente, a pré-florada dos cafezais será favorecida, diferentemente do ano passado, quando a seca no outono e no inverno foi intensa, prejudicando muito as lavouras e, consequentemente, o pegamento das floradas. Essa é uma das razões para a safra atual fique aquém do ano 2020/2021. No entanto, chuvas intensas podem, em contrapartida, provocar complicações para a colheita e qualidade da bebida.

Diante da recente atualização da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), do Estados Unidos, que elevou a probabilidade de instalação do El Niño no trimestre maio a julho, a atenção fica para a possibilidade de um inverno mais quente e chuvoso no Brasil. Para a Colômbia a mudança do cenário de La Niña para El Niño tende a aliviar o excesso de chuvas que marcou os últimos dois anos, embora caso o fenômeno se mostre forte, o risco passa a ser de déficit hídrico. Na Ásia, o fenômeno está relacionado a uma condição mais seca. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.