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17/Abr/2023

Perfil fundiário das propriedades produtoras de café

De acordo com dados da Pesquisa Cafeeira 2022/2023, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Portal CaféPoint, divulgada na sexta-feira (14/04), o perfil fundiário das propriedades dedicadas à cafeicultura no Brasil mostra que 80% dos produtores têm propriedades com menos de 25 hectares, confirmando a contribuição das pequenas e médias propriedades para a cadeia produtiva. Desenvolvimento de novas tecnologias, estímulo à qualidade dos cafés e capacitação para exportação direta foram temas considerados prioritários por 75% dos cafeicultores. O levantamento revelou também informações sobre a tecnologia de colheita e pós-colheita. De acordo com os resultados, predominam nas propriedades cafeeiras os métodos de colheita manual (72%) e o processamento de pós-colheita natural (89%).

Os dados demonstram que existe correlação quanto ao emprego de tecnologias de colheita e o perfil fundiário. Nas pequenas propriedades, por exemplo, mesmo que em boas condições topográficas, a mecanização da colheita pode ser inviável por causa do alto investimento necessário para a compra desses equipamentos. Em relação ao uso de tecnologias de produção, a pesquisa questionou os entrevistados sobre o uso da irrigação e quais sistemas utilizados por eles. Considerando os produtores de café conilon, 81% deles responderam fazer uso de irrigação. Já os que cultivam café arábica, apenas 10% são irrigantes. O sistema de irrigação predominante é o gotejamento, utilizado em 76% das propriedades.

A pesquisa consultou, ainda, os produtores quanto a disponibilidade de mão de obra para colheita. Com base nas respostas, 57,6% dos produtores enfrentaram alguma dificuldade na contratação de safristas. De acordo com o levantamento, as condições climáticas prejudicaram o potencial produtivo das lavouras de café na safra 2022/2023. Apesar da bienalidade positiva, na comparação com a média dos últimos quatro anos, apenas 37% dos produtores disseram ter colhido acima da média, enquanto 46,8% responderam que foi dentro da média esperada e 16,2% indicaram ter colhido muito abaixo da média. O resultado é coerente com as informações divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra cafeeira 2022.

O clima desfavorável ao desenvolvimento cafeeiro reduziu o volume colhido em 19% em relação à safra de 2020, quando a colheita foi de 63 milhões de sacas de 60 Kg. As respostas da Pesquisa Cafeeira 2022/2023 foram coletadas por meio de questionário digital e presencial, durante a Semana Internacional do Café (SIC) que ocorreu nos dias 16 a 18 de novembro de 2022, na ExpoMinas, em Belo Horizonte (MG). A Pesquisa ouviu 474 produtores de café arábica e conilon de dez Estados brasileiros (Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins). Do total respondido, 90% foram de produtores de café arábica e 8% de produtores de café conilon ou robusta e 2% de produtores que cultivam ambas as espécies. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.