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05/Abr/2023

Arábica: oferta do Brasil pode afetar preço global

Segundo a HedgePoint, os produtores de café, de modo geral, estão à margem da comercialização, à espera de uma resposta altista das cotações na Bolsa de Nova York, com impacto direto nos números das exportações, para a maioria das origens. As exportações da Colômbia caíram 15% no ano, e as de Honduras, 10%. Para os próximos meses, o desenvolvimento da safra 2023/2024 estará em andamento nessas origens. Até agora, a Colômbia esteve sob a influência do La Niña: chuvas consistentemente altas. O mesmo pode ser dito de Honduras.

Apesar dos problemas que as chuvas trouxeram para o ciclo 2022/2023, esses níveis de chuva são atualmente positivos para a produção, pois serão necessários sob um El Niño ativo (previsto para o segundo semestre), que traz clima mais seco, especialmente na América Central. No ciclo 2022/2023, a produção global de arábica suave caiu em relação à safra anterior, por causa de problemas climáticos, enquanto o desinvestimento impulsiona essa queda. Para 2023/2024, há potencial de crescimento, embora ainda abaixo do recorde de 2018/2019.

Consequentemente, a relação entre estoque e uso (E/U) deve aumentar apenas 1%. Nesse contexto, os preços do arábica na Bolsa de Nova York podem testar níveis de suporte, com alguma pressão de venda do Brasil, antes da colheita da safra 2023/2024. O próximo nível a ser observado no segundo contrato, para julho/2023, é 163,00 centavos de dólar por libra-peso. Além disso, é importante ficar atento a tensões geopolíticas nas próximas semanas, que podem desencadear um sentimento de aversão ao risco e causar impacto negativo nos preços do café. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.