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23/Mar/2023

Preços globais do café sustentados pela demanda

Segundo a HedgePoint, apesar da turbulência nos mercados financeiros, em virtude da quebra do Banco Silicon Valley nos Estados Unidos, as cotações internacionais do café têm conseguido se sustentar. O café encontrou suporte no relatório de estoques da Associação de Café Verde dos Estados Unidos (GCA), divulgado no dia 15 de março. Os estoques caíram cerca 160 mil sacas de 60 Kg em fevereiro, enquanto a média esperada para o período é de entre 50 mil e 60 mil sacas de 60 Kg. O resultado é um indicador positivo em termos de demanda, já que os estoques finalmente começaram a refletir a dinâmica das importações nos Estados Unidos.

Até janeiro, os Estados Unidos importaram 7,6 milhões de sacas de 60 Kg no ciclo 2022/2023 (que vai de outubro de 2022 a setembro de 2023), 4% a menos do que no ano passado. Assim, de maneira geral, com menos café disponível nos Estados Unidos, havia uma expectativa de queda além do padrão sazonal, de forma a indicar uma demanda saudável por café no país. Para a próxima divulgação da GCA, a expectativa é de outra queda, pois, geralmente, março marca a última retração antes da recomposição do estoque. De outubro a março os estoques caem, em média, 7%. A fim de corresponder ao padrão histórico, os estoques seriam de 5,94 milhões de sacas de 60 Kg, um ponto a ser observado no próximo relatório da GCA.

Os diferenciais do café se ampliaram brevemente, se aproximando dos níveis médios, considerando as primeiras 10 semanas do ano dos últimos 7 anos (-21,00 centavos de dólar por libra-peso ante -26,00 centavos de dólar por libra-peso, internamente, por um café arábica 15% catação, bebida dura, no sul de Minas Gerais), mas flutuam em uma faixa que ainda limita novas vendas. O Real, no entanto, compensou parte do movimento, recuperando algum terreno após responder ao movimento de aversão ao risco nos mercados internacionais e testar a resistência de R$ 5,30. Entretanto, a situação macroeconômica ainda está se desenvolvendo e a aversão ao risco ainda é um fator de baixa nas commodities, e o café não é exceção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.