24/Fev/2023

O ritmo de negócios envolvendo o café arábica está bastante lento nesta segunda quinzena de fevereiro, devido sobretudo ao recesso de Carnaval e às fortes oscilações nos preços externos e, consequentemente, no Brasil. Além disso, o elevado volume de chuvas nos cafezais do Brasil vem mantendo os produtores em alerta e afastados das negociações. As precipitações, inicialmente benéficas, agora vêm prejudicando parte das lavouras, tendo em vista que têm intensificado a ocorrência de pragas e doenças e dificultado as pulverizações e aplicações de fertilizantes.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.179,26 por saca de 60 Kg, elevação de 5,5% nos últimos sete dias. Na parcial de fevereiro, o Indicador acumula alta de 6,9%. Na Bolsa de Nova York, os contratos estão sendo influenciados pelo comportamento do clima no Brasil, por movimentos de recuperação e correções técnicas. O contrato Maio/2023 finalizou a 193,35 centavos de dólar por libra-peso, aumento de 9,2% nos últimos sete dias.

No campo, os produtores estão atentos à possibilidade de novos temporais em regiões produtoras de São Paulo e de Minas Gerais. Segundo a Climatempo, esse cenário está relacionado a Zonas de Convergência Intertropical (ZCTI), que trazem nuvens carregadas sobretudo em áreas mais centrais do País (justamente onde está concentrada boa parte da produção de café no Brasil). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.