17/Fev/2023
Depois de três anos com muita irregularidade climático trazendo impactos negativos na produção, o produtor de café está vivenciando um começo de ano diferente em 2023. Segundo dados da Fundação Procafé, divulgados nesta quinta-feira (16/02), as chuvas registradas no mês de janeiro já somam 36% do total esperado para o ano nas principais áreas de produção de arábica do Brasil. Segundo Rodrigo Paiva, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, no sul de Minas Gerais, as temperaturas também ficaram levemente mais baixa em relação à média história de 22,4ºC. Já quando o assunto é precipitação, os números de fato chamam atenção. Na estação do Sul de Minas Gerais, o acumulado em janeiro foi de 502,4 mm, quando a média esperada para o período é de 247,6 mm. O mesmo foi observado nas estações do Alto Paranaíba e no Triângulo Mineiro. A média esperada era de 247,6 mm, mas choveu 502,4 mm. As temperaturas também ficaram levemente abaixo da média, com 20,7ºC.
Na Alta Mogiana, a média esperada era de 330,3 mm e foram registrados 653,9 mm de chuva. A temperatura também foi mais branda, com 21,5ºC. As chuvas acabaram gerando um excedente hídrico em toda área. Em Varginha, o volume foi de 407,2 mm, Carmo de Minas tem excedente de 345,5 mm, Boa Esperança de 494,1 mm e Muzambinho de 424,8 mm. Segundo a Fundação Procafé, esse excesso de chuva está estendendo o ciclo da safra. Está se observando de forma muito clara na lavoura que o ciclo está estendendo. Tudo indicava que iria adiantar a colheita e que a safra iria adiantar, mas devido a essas chuvas o ciclo está prolongando. Toda vez que a planta tem condições ótimas, o ciclo prolonga. Toda vez que tem condições ruins de sol, seca, praga ou doença, o ciclo encurta. Fonte: Fundação Procafé. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.