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08/Fev/2023

Arábica: movimento de alta prevalecendo neste mês

O mercado nacional de café arábica registrou momentos distintos entre o encerramento de janeiro e este começo de fevereiro. Até o dia 1º de fevereiro, os preços domésticos vinham apresentando alta, com este movimento sendo iniciado na segunda quinzena de janeiro. Esse contexto estimulou um maior ritmo de negociações envolvendo volumes mais expressivos da variedade. Nesse período, os valores foram sustentados pelas valorizações externas do arábica e pela maior demanda por parte de indústrias domésticas. Nos dias 2 e 3 de fevereiro, os valores do arábica caíram, o que afastou agentes do spot nacional e, consequentemente, reduziu o ritmo de negócios. Neste caso, a pressão também veio do mercado internacional.

Diante disso, no acumulado da parcial de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, registrava, até aquele momento, queda de 2,11%. Porém, na segunda-feira (06/02), os preços do arábica retomaram a alta, influenciados pelas elevações externa e da moeda norte-americana. O incremento neste início de semana foi tão intenso que as perdas dos dias anteriores foram recuperadas, e o Indicador acumula alta de 1,01% na parcial deste mês. Nos últimos sete dias, o aumento é de 4,4%. Apesar dessa oscilação, ao longo de todo esse período, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, se manteve acima dos R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg, atingindo R$ 1.114,33 por saca de 60 Kg na segunda-feira (06/02). Na Bolsa de Nova York, de um modo geral, os momentos de alta estão atrelados à expectativa de um balanço entre oferta e demanda global mais apertado ao final da safra brasileira 2023/2024.

Já as quedas são influenciadas pelas chuvas favoráveis aos cafezais e pelo embolso de lucros na bolsa. Ressalta-se que os movimentos recentes nos valores dos contratos futuros também se devem a especulações e à oscilação do dólar. O contrato Março/2023 do arábica está cotado a 175,70 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 3,1% nos últimos sete dias. No campo, os produtores seguem atentos ao clima. Parte dos produtores está preocupada com a proliferação de doenças nas lavouras, devido à alta umidade. Inclusive, alguns produtores, sobretudo os de Mogiana Paulista e de Minas Gerais, indicam ter dificuldades no controle de doenças, já que não conseguem entrar com os maquinários nos talhões para realizar a aplicação de defensivos. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.