01/Fev/2023

O mês de janeiro foi marcado pelo retorno mais firme das negociações do café arábica no mercado doméstico, devido à maior necessidade por parte da indústria, muito típico para este período. Vale lembrar que, nos meses anteriores, o ritmo de comercialização estava praticamente estagnado, uma vez que a intensa oscilação de preços e o certo estoque adquirido anteriormente por compradores mantiveram agentes afastados do spot nacional. Mesmo com os preços oscilando ao longo de janeiro, o movimento de alta prevaleceu, com o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, operando acima dos R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg em boa parte da segunda quinzena do mês passado.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.067,01 por saca de 60 Kg, com aumentos de 4,3% nos últimos sete dias e de 2,8% no acumulado de janeiro. No ambiente externo, os contratos futuros negociados na Bolsa de Nova York avançaram no final de janeiro, influenciados por recuperações técnicas após intensas perdas em meados do mês passado. No começo de ano, intensas chuvas em regiões produtoras brasileiras e estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicando maior produção para esta safra 2023/2024 pressionaram os contratos internacionais. O vencimento Março/2023 do café arábica na Bolsa de Nova York está cotado a 170,40 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 7,5% nos últimos sete dias.

As chuvas ocorridas nos cafezais tiveram importante influência para o desenvolvimento e enchimento dos grãos. No entanto, o alto volume de precipitação trouxe preocupações quanto a proliferações de doenças no campo. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre 1º e 30 de janeiro, o acumulado de chuvas foi de 508,4 mm em Patrocínio (MG), de 464 mm em Varginha (MG), de 443,6 mm em Franca (SP), de 362 mm em Marília (Garça/SP), de 283,8 mm em Manhuaçu (MG) e de 152,2 mm em Londrina (PR). Para os próximos dias, a Climatempo prevê algum volume de chuva, com riscos de temporais em parte das regiões produtoras, com possibilidade de rajadas de vento de até 80 Km/h. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.