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24/Jan/2023

Incertezas sobre a recuperação da safra brasileira

Segundo Rabobank, as incertezas sobre o nível de recuperação da produção brasileira de café 2023/2024, cuja colheita começa entre abril e maio, ainda persistem, após duas safras frustrantes. Apesar da excelente floração e das boas chuvas, problemas no pegamento dos frutos têm sido relatados em algumas regiões do arábica, principalmente na Zona da Mata (leste de Minas Gerais). Além disso, chuvas de granizo atingiram algumas lavouras de café no sul e leste de Minas Gerais em outubro e novembro. A precipitação em dezembro foi acima da média em todas as regiões de arábica analisadas, exceto uma (Guaxupé/MG).

No entanto, o acumulado de chuvas da safra 2023/2024 continua favorável ao desenvolvimento da cultura. Em janeiro, o clima deve se manter propício para a fase de enchimento dos frutos. Em dezembro de 2022, o preço médio do café arábica local foi de R$ 1.012,00 por saca de 60 Kg, 30% inferior em comparação com igual mês do ano anterior. Em janeiro de 2023, os preços caíram para uma média de R$ 991,00 por saca de 60 Kg, queda de 33% em relação ao ano anterior. Em janeiro de 2023, a relação de troca spot atingiu 2,95 sacas de 60 Kg para cada toneladas de fertilizante. Isso representa uma melhoria de 4,8% em relação ao mês anterior e de 7,8% ante janeiro de 2022.

Apesar da queda nos preços do café, os preços dos fertilizantes (principalmente ureia e potássio) continuam em queda. Vale destacar que a média do índice foi de 3,31 sacas de 60 Kg de café por tonelada em 2022. O Brasil exportou 39,4 milhões de sacas de 60 Kg de café em 2022, queda de 3,1% em relação ao ano anterior. Enquanto as exportações de arábica verde aumentaram 3,9% no ano, os embarques de robusta caíram 60%. Os altos preços das matérias-primas e a baixa disponibilidade de arábica fizeram com que muitos torrefadores locais aumentassem o uso de robusta em suas misturas no ano passado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.