18/Jan/2023

Os preços do café arábica estão recuando consideravelmente nos últimos dias no mercado nacional, voltando a operar abaixo dos R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg. A queda nas cotações é justificada pelas recentes chuvas volumosas no cinturão cafeeiro brasileiro, que são fundamentais neste momento de enchimento dos grãos. Vale ressaltar, no entanto, que uma importante parcela das lavouras vem registrando efeitos do clima mais adverso dos últimos anos na produção a ser colhida em 2023. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 955,07 por saca de 60 Kg, queda de 4,5% nos últimos sete dias.

Quanto às negociações, têm sido pontuais e estão em ritmo bastante lento, limitando-se a poucos lotes. Isso porque os produtores estão cadenciando as vendas já há alguns meses, realizando-as em momentos de altas mais significativas ou mesmo quando há necessidade de caixa. No campo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre os dias 9 e 15 de janeiro, o acumulado de chuvas foi de 146 mm em Varginha (MG), 99,2 mm em Marília/Garça (SP), 95,6 mm em Franca (SP), 94,6 mm em Manhuaçu (MG), 92 mm em Patrocínio (MG), 54,8 mm em Londrina (PR).

A Climatempo indica que essas chuvas intensas devem permanecer ao longo desta semana, com risco para alagamentos, fortes ventanias e queda de granizo nas regiões de Minas Gerais e São Paulo que produzem café arábica. No front externo, as cotações futuras da variedade também estão em baixa, influenciadas pelas condições climáticas favoráveis nas regiões produtoras e pelo interesse dos investidores em outras commodities mais seguras. Na Bolsa de Nova York, o contrato Março/2023 fechou a 151,70 centavos de dólar por libra-peso no dia 13 de janeiro, recuo de 4% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.