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18/Jan/2023

Exportação deve cair no 2º semestre da atual safra

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) prevê que o segundo semestre da safra 2022/2023 deve apresentar volumes de exportação menores do que os registrados na primeira metade da temporada. O fim do ciclo deve influenciar nos volumes embarcados. Não se espera o mesmo volume nos próximos seis meses, porque a safra se aproxima do final. No acumulado dos primeiros seis meses da temporada 2022/2023 (de julho a dezembro de 2022) 19,341 milhões de sacas de 60 Kg foram exportadas, queda de 1,7% em relação ao registrado em igual período de 2021/2022. O ano-safra poderá fechar com 2 milhões de sacas de 60 Kg a menos do que o registrado em 2021/2022, quando quase 40 milhões de sacas de 60 Kg foram mandadas ao exterior.

Apesar da perspectiva, os resultados vão depender do dólar e das cotações do café na Bolsa de Nova York e na Bolsa de Londres. O mundo consumidor caminha cada vez mais para incremento de café robusta e, nesse sentido, o Brasil é privilegiado. O café arábica foi o mais exportado pelo País no consolidado de 2022, com a remessa de 34,077 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior, ou 86,6% do total. O café solúvel registrou o embarque equivalente a 3,725 milhões de sacas de 60 Kg, respondendo por 9,5%. A variedade canéfora (robusta + conilon) teve exportação de 1,501 milhão de sacas de 60 Kg (3,8%) e o produto torrado e torrado e moído registrou 47.747 sacas de 60 Kg (0,1%).

A redução da participação dos embarques de canéforas é significativa. Somente o conilon pode registrar o maior estoque de passagem da história ao fim do ano-safra. A queda forte na exportação dessa variedade se deveu ao crescimento da demanda das indústrias nacionais, o que, por outro lado, contribuiu para que os embarques de café solúvel permanecessem em níveis próximos a 4 milhões de sacas de 60 Kg, o que significa que o País enviou ao exterior produto com mais valor agregado. A receita cambial gerada pela venda de café foi de US$ 9,233 bilhões em 2022. O café responde por 2,8% das exportações totais realizadas pelo Brasil no ano e por US$ 334,463 bilhões aos cofres do País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.