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11/Jan/2023

Arábica: clima é favorável para a safra 2023/2024

O mês de janeiro começou com grandes volumes de chuva nas principais regiões produtoras de café do Brasil, o que tem influenciado as cotações. Segundo o Inmet (Instituto Nacional e Meteorologia), entre os dias 2 e 8 de janeiro, o acumulado de precipitações foi de 260,4 mm em Patrocínio (MG), de 228,2 mm em Franca (SP), de 142,2 mm em Varginha (MG), de 109,6 mm em Marília/Garça (SP), de 56,8 mm em Manhuaçu (MG) e de 49 mm em Londrina (PR). As chuvas volumosas – reflexo das ZCAS (Zonas de Convergência do Atlântico Sul), zonas de nebulosidade que carregam frentes frias e umidade para o interior do continente – também têm prejudicado algumas estradas importantes para o transporte e o escoamento da produção, bem como a entrega de insumos (fertilizantes e defensivos).

Com as precipitações favorecendo o desenvolvimento das lavouras, os preços do café arábica foram pressionados nos últimos dias. Após certa estabilidade na primeira semana de janeiro, na casa dos R$ 1.025 por saca de 60 Kg, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista caiu para R$ 1.002,85 por saca de 60 Kg, 2,7% de recuo em sete dias. Quanto à liquidez, diversos agentes se mantiveram afastados do mercado na primeira semana do ano, dificultando as negociações. Segundo a Climatempo, deve chover mais nas regiões produtoras de arábica nos próximos dias, e ventos de até 70 km/h também estão previstos.

Vale destacar que, apesar das chuvas neste início de 2023 – favoráveis à produção da temporada 2023/2024 –, agentes ainda reportam sequelas nas lavouras, causadas pelo clima nos últimos anos, e ressaltam que esses danos não devem ser revertidos pelas recentes chuvas. No front externo, os futuros do café arábica terminaram as últimas seis sessões da Bolsa de Nova York (ICE Futures) em baixa, devido ao clima favorável nas regiões produtoras brasileiras e, no caso de alguns fechamentos, à alta do dólar frente ao Real. O contrato Março/2023 está cotado na casa de 158 centavos de dólar por libra-peso, forte recuo de 7% em sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.