21/Dez/2022

As exportações de café subiram de outubro para novembro, mantendo o volume escoado na parcial da safra 2022/2023 (julho/2022 a novembro/2022) levemente superior ao do mesmo período da temporada anterior. O melhor desempenho das vendas externas de café em 2022 representa uma recuperação e se deve ao fato de a safra recém-colhida no Brasil ter sido de bienalidade positiva e, também, à redução dos entraves logísticos mundiais. Na atual temporada 2022/2023, o Brasil embarcou, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), 16,05 milhões de sacas de 60 Kg (arábica e robusta), aumento de 1,7% (ou de 266 mil sacas) frente ao mesmo período de 2021.

Apenas em novembro/2022, foram escoadas 3,67 milhões de sacas, 14,2% a mais que em outubro/2022. Vale lembrar que, ao longo da temporada passada, exportadores brasileiros enfrentaram, além de oferta menor que a atual, muitos problemas logísticos, como falta de contêineres, altos valores de frete, atrasos nos portos, entre outros, que limitaram os embarques do grão. No geral, ainda que os volumes escoados ao longo da safra atual superem os da anterior, agentes do setor cafeeiro nacional indicam que os envios externos em 2022/2023 podem ficar aquém do esperado e/ou registrado em temporadas de bienalidade alta anteriores.

Em termos monetários, a receita com os envios de café verde, torrado e solúvel soma US$ 3,85 bilhões de julho/2022 a novembro/2022, 43,6% acima da registrada no mesmo período da safra passada. Além do crescimento no volume embarcado, essa alta se deve aos maiores valores pagos pelo café em 2022. Em moeda nacional, a receita totaliza R$ 20,1 bilhões na parcial da safra 2022/2023, sendo 40,1% superior à verificada no mesmo período de 2021/2022. Mais recentemente, as cotações do arábica, variedade mais exportada pelo Brasil, tem recuado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.