17/Nov/2022
Os preços internos do café arábica seguem oscilando com certa força, ainda operando abaixo dos R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg. Enquanto no dia 9 de novembro o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 930,62 por saca de 60 Kg, o menor patamar nominal desde 20 de julho de 2021; no dia 11 de novembro, atingiu R$ 969,33 por saca de 60 Kg. Agora, o Indicador registra baixa, cotado a R$ 956,77 por saca de 60 Kg. Nos últimos sete dias, o Indicador registra avanço de 1,7%, mas, no acumulado do mês (de 31 de outubro a 14 de novembro), apresenta queda de 4,83%. As oscilações nos valores domésticos estão atreladas às flutuações observadas nos contratos do arábica negociados na Bolsa de Nova York.
Nos momentos de baixa, os vencimentos futuros são influenciados pela possibilidade de recuperação na produção mundial da variedade, por expectativas de menor demanda por café em países europeus, devido ao aumento dos juros e à possibilidade de recessão econômica global. Já as altas se devem a recuperações técnicas. O contrato Março/2023 negociado na ICE Futures está cotado a 166,90 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 2,1% nos últimos sete dias. No campo, há relatos de chuvas intensas e granizo em algumas regiões, como no Sul de Minas (MG), Matas Mineiras (Zona da Mata - MG), Cerrado Mineiro (MG) e Mogiana (SP), o que têm trazido grande preocupação aos cafeicultores.
A Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) ainda estuda a intensidade dos danos, mas já se sabe que mais de 30 munícipios que produzem café foram atingidos pelo granizo. Além disso, produtores da região de Garça (SP) e do Cerrado Mineiro (MG) relataram problemas relacionados ao pegamento e ao abortamento das flores. Segundo a Climatempo, chuvas intensas devem ser verificadas nesta semana, com rajadas de vento de até 80 Km/h. Há possibilidade de novas quedas de granizo no Paraná e em parte de São Paulo e de Minas Gerais. As tempestades esperadas são resultado da formação das Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.