13/Out/2022

As cotações internas do café arábica estão oscilando com certa força neste começo de outubro. As recentes chuvas vêm melhorando as condições no campo e resultando em boas floradas. Esse cenário gera expectativa de produção maior, o que, consequentemente, pressiona as cotações em alguns dias. Além disso, temores de uma recessão global reforça a baixa nos valores. Por outro lado, movimentos do dólar e de recuperação técnica nos valores externos acabam elevando pontualmente os preços no Brasil. Diante dessa instabilidade, muitos agentes estão afastados do mercado spot nacional, mantendo as negociações em ritmo lento. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.226,30 por saca de 60 Kg, pequeno avanço de 0,3% nos últimos sete dias.

No mercado externo, ainda que os menores estoques de cafés sejam uma preocupação, as atenções de agentes se voltam às chuvas nas lavouras brasileiras e à sinalização de uma safra boa em 2023/2024. Assim, o contrato Dezembro/2022 negociado na Bolsa de Nova York operou entre 215,00 e 224,00 centavos de dólar por libra-peso nos últimos dias. A cotação atual do contrato Dezembro/2022 é de 217,45 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,8% nos últimos sete doas. Com as chuvas mais consolidadas e previsões de novas precipitações, os produtores da maior parte das regiões estão mais aliviados. Em algumas localidades, a florada principal já foi observada e, agora, tem sido registrada a formação de chumbinho, sobretudo no Noroeste do Paraná. Por outro lado, parte dos produtores está preocupada com o alto índice de desfolha das plantas, por conta do clima seco há alguns meses e da ventania em certas propriedades. Ressalta-se que o baixo volume de folhas nas plantas pode comprometer o pegamento das flores e o desenvolvimento da safra.

No início deste mês, alguns produtores da região do Sul de Minas (MG) foram negativamente surpreendidos com a chegada de tempestades e intensa chuva de granizo, prejudicando as flores que haviam saído e as plantas. Ainda existe alerta para queda de granizo em Minas Gerais no decorrer da primavera. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre 2 e 9 deste mês, as precipitações somaram 116,4 mm em Franca (SP), 54,4 mm em Londrina (PR), 53 mm em Varginha (MG), 48,2 mm em Patrocínio (MG) e 41,6 em Marília (SP). A Climatempo indica a chegada de uma frente fria e de chuvas nesta semana em regiões produtoras de São Paulo, Minas Gerais e do Noroeste do Paraná. No Paraná, especificamente, deve chover até 100 mm, com previsões de rajadas de vento de até 60 Km/h e alertas para queda de granizo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.