13/Out/2022
Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil exportou em setembro 3,386 milhões de sacas de 60 Kg de café, 4,5% mais que em igual mês de 2021. A receita avançou mais, 49,8%, atingindo o recorde para os meses de setembro, de US$ 805,5 milhões. A performance reflete um maior ingresso dos cafés arábicas da nova safra, que contrabalança a intensa demanda das indústrias nacionais pelos cafés canéforas (robusta + conilon). As exportações de arábica subiram 18% ante setembro de 2021 e registraram o segundo melhor patamar dos últimos cinco anos. Assim, no total, a queda nos envios de conilon e robusta foi compensada, gerando um fechamento positivo no mês passado. No acumulado dos três primeiros meses do ano safra 2022/2023, as vendas externas de café somam 8,742 milhões de sacas de 60 Kg (-2,7% ante o período da safra anterior) e receita de US$ 2,074 bilhões (+48,9%), o melhor desempenho nos últimos cinco anos. No acumulado de janeiro a setembro, as exportações totalizaram 28,748 milhões de sacas de 60 Kg (-3,9%) e receita recorde de US$ 6,730 bilhões de 60 Kg (+60,4%).
As exportações de café arábica tiveram o melhor desempenho nesse intervalo de nove meses dos últimos cinco anos, contribuindo para mitigar a queda em volume até o momento. O recorde em receita cambial no agregado de 2022 reflete a taxa de câmbio favorável e o bom nível do preço médio do embarque, que avança 67% ante 2021 e chega a US$ 234,12 por saca de 60 Kg. O arábica foi o café mais exportado em 2022, com 24,673 milhões de sacas de 60 Kg, ou 85,8% do total. De café solúvel foram embarcados para o exterior de janeiro a setembro de 2022, 2,820 milhões de sacas de 60 Kg, ou 9,8% do total. Na sequência, aparecem a variedade canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 1,220 milhão de sacas de 60 Kg (4,2%), e o produto torrado e torrado e moído, com 34.619 sacas de 60 Kg (0,1%). Grão de qualidade superior ou com algum tipo de certificado de práticas sustentáveis respondeu por 18,2% das exportações brasileiras de café até setembro. Foram 5,224 milhões de sacas de 60 Kg, queda de 0,5% ante janeiro e setembro de 2021.
O preço médio desses cafés diferenciados é de US$ 281,90 por saca de 60 Kg até o momento, proporcionando uma receita de US$ 1,473 bilhão nos nove meses, o que corresponde a 21,9% do obtido com os embarques totais. No comparativo anual, o valor é 52,4% maior do que o apurado no mesmo intervalo anterior. Os Estados Unidos são o principal destino do café diferenciado, com 1,211 milhão de sacas de 60 Kg neste ano, o equivalente a 23,2% do total. Depois, vêm Alemanha, com 916.718 sacas de 60 Kg e representatividade de 17,5%; Bélgica, com 658.023 sacas de 60 Kg (12,6%); Itália, com 335.171 sacas de 60 Kg (6,4%); e Japão, com 246.903 sacas de 60 Kg (4,7%). Também são os Estados Unidos os principais compradores do café brasileiro como um todo. Entre janeiro e o fim de setembro, o país importou 5,853 milhões de sacas de 60 Kg, volume 2,3% superior a igual intervalo de 2021. Esse volume corresponde a 20,4% dos embarques totais do Brasil neste ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.