28/Set/2022
Incertezas relacionadas ao volume de café colhido no Brasil em 2022, preocupações com a produção de outras origens, como Colômbia e Vietnã (um tufão deve atingir o país asiático nos próximos dias) e o receio de uma recessão global (que poderia impactar no consumo da bebida, em especial do arábica) vêm resultando em oscilações nos preços internos da variedade. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.307,91 por saca de 60 Kg, avanço de 1,75% nos últimos sete dias.
Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2022 está cotado a 223,80 centavos de dólar por libra-peso, alta de 1,2% nos últimos sete dias. As negociações no Brasil continuam em ritmo lento e envolvendo pequenos lotes. Ressalta-se que a liquidez tem sido bastante limitada há vários meses, justificada pelo menor volume colhido na safra 2022/2023 e pelo fato de produtores aguardarem momentos mais atrativos para comercializar seu produto. A chegada de algumas chuvas nos últimos dias e a expectativa de um maior volume nos próximos em grande parte das regiões produtoras deve ajudar a aliviar as condições das lavouras. Em algumas localidades no Cerrado Mineiro (MG) e de Mogiana (SP), a falta de chuva já tinha resultado em perda de parte das primeiras floradas.
No entanto, agora, os produtores de todas as regiões seguem otimistas para a abertura de novas flores nos próximos dias, e, ainda, à espera da florada principal para a safra 2023/2024. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado de chuvas apenas entre os dias 17 e 25 de setembro foi de 50 mm na estação de Marília (Garça - SP), de 46,4 mm em Patrocínio (MG) e de 48,4 mm em Londrina (PR). Para Franca (Mogiana - SP), o volume foi de 31,8 mm e em Varginha (Sul de Minas - MG), de 16,2 mm. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.