22/Set/2022
De acordo com o 3º Levantamento do Café para a atual temporada 2022, divulgado na terça-feira (20/09) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os produtores brasileiros deverão colher 50,38 milhões de sacas de 60 Kg na safra 2022/2023. A colheita já atinge 99% da área destinada para a cultura, e o volume estimado representa um aumento de 5,6% em comparação ao ciclo de 2021 (47,73 milhões de sacas de 60 Kg). Em comparação com a pesquisa anterior, de maio (53,43 milhões de sacas de 60 Kg), houve redução de 3,05 milhões de sacas de 60 Kg, ou -5,71%. O clima adverso influenciou de maneira negativa as produtividades nos dois últimos ciclos. Em 2020 o desenvolvimento da cultura foi influenciado pela falta de chuvas e no ano passado, além da estiagem, foram registradas fortes geadas em importantes regiões produtoras.
Para o café arábica, a produção deve atingir 32,41 milhões de sacas de 60 Kg, acréscimo de 3,1% em comparação com a safra anterior. O crescimento é limitado pela falta de chuvas na fase reprodutiva da cultura, ainda em 2021, e pelas geadas ocorridas em junho e julho do ano passado, principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Com forte impacto do clima adverso, Minas Gerais, principal produtor de café no País, tem produção estimada em 22 milhões de sacas de 60 Kg, volume próximo da estabilidade com leve recuo de 0,5% em comparação com a colheita de 2021. A maior redução ocorreu no sul do Estado, com uma queda na produtividade em torno de 17,8%. Na Bahia, onde o clima se apresentou mais favorável para o desenvolvimento das lavouras, é estimado um crescimento de 11% no desempenho no campo, saindo de 21,1 sacas de 60 Kg colhidas por hectare para 23,4 sacas de 60 Kg por hectare.
No Espírito Santo e no Rio de Janeiro a melhora na produtividade é ainda maior, chegando a 30,3 sacas de 60 Kg por hectare nas lavouras cariocas e 27,5 sacas de 60 Kg por hectare nos cafezais de arábica do Espírito santo, elevação de 55,9% e 29,5% respectivamente. No caso do conilon, a projeção é de um novo recorde de produção, estimado em um volume próximo a 18 milhões de sacas de 60 Kg beneficiadas do produto, acréscimo de 10,3% em relação à safra anterior. Menos afetada pela característica da bienalidade, a planta desta variedade tem apresentado melhora na produtividade a cada ano, atingindo neste ano 46,2 sacas de 60 Kg colhidas por hectare, maior número já registrado. Além do bom desempenho, também é previsto um aumento de área na ordem de 3,4%, estimada em 388,8 mil hectares. Principal produtor de conilon no Brasil, o Espírito Santo tem produção projetada em 12,23 milhões de sacas de 60 Kg, incremento de 9% em relação à safra anterior.
Neste ano, Rondônia se coloca como o segundo maior produtor dessa variedade do grão, com colheita estimada em 2,8 milhões de sacas de 60 Kg do produto beneficiado, seguido da Bahia com colheita esperada em 2,33 milhões de sacas de 60 Kg. A tendência é que a produção do conilon continue apresentando crescimento em condições climáticas favoráveis. Há espaço para a melhora na produtividade em importantes regiões produtoras. A Bahia apresenta o melhor desempenho para esta espécie no País, como uma produtividade de 57,9 sacas de 60 Kg por hectare. Para o Espírito Santo e Rondônia, a estimativa é que sejam colhidas por hectare 47,2 sacas de 60 Kg e 43,1 sacas de 60 Kg, respectivamente, o que demonstra o potencial da cultura. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.