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24/Ago/2022

Arábica: tendência de baixa predomina em agosto

Os preços do café arábica seguem oscilando com força nos mercados nacional e internacional, devido às incertezas quanto ao clima, à oferta e à demanda mundial. O forte aumento dos preços de alimentos e o temor de uma recessão global podem limitar a demanda de cafés, sobretudo do arábica. Pelo lado da oferta, muitos agentes já confirmam quebra de safra em 2022/2023, principalmente no Cerrado Mineiro (MG), Mogiana (SP) e Sul de Minas (MG). Além disso, agentes apontam que o elevado volume de lotes futuros fechados para esta safra a preços baixos também tem limitado a venda café novo, uma vez que produtores estão no aguardo de cotações ainda maiores para compensar a perda da venda desses lotes futuros.

Apesar dos fatores distintos, ainda vem sendo predominante o movimento de baixa nos preços do arábica em agosto, o que tem reforçado a retração de vendedores. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.301,66 por saca de 60 Kg, elevação de 0,2% nos últimos sete dias. Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2022 está cotado a 221,55 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 1,75% nos últimos sete dias. Em relação à colheita, os trabalhos estão praticamente encerrados no Noroeste do Paraná, com volume retirado somando entre 97% e 99%, com apenas lavouras pontuais sendo finalizadas.

A região de Garça (SP) está com trabalhos avançados, totalizando entre 90% e 98% do total esperado. No Cerrado Mineiro (MG), o volume soma entre 83% e 93% do total; no Sul de Minas (MG), as atividades totalizam de 85% a 95%, e na Mogiana (SP), de 80% a 90%. Nas Matas de Minas (Zona da Mata), a quantidade colhida se aproxima de 85%. Algumas regiões receberam certo volume de chuvas nos últimos dias, o que deixa os produtores em alerta, já que há relatos de formação dos botões florais, com expectativa da abertura de floradas pontuais nos próximos dias. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que, de 15 a 22 de agosto, os maiores volumes acumulados de chuvas foram registrados nas estações de Marília (Garça - SP) e de Londrina (PR), sendo de 33 mm e de 71 mm, respectivamente. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.