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17/Ago/2022

Arábica: movimento de alta nos preços predomina

Chuvas registradas em diversas regiões produtoras do café arábica no Brasil podem ser suficientes para induzir a abertura de uma florada precoce. Alguns agentes, inclusive, indicam que parte das lavouras já apresenta botões. Esse cenário traz certa preocupação para o setor, uma vez que, para as próximas semanas, a influência do fenômeno La Niña e das chuvas historicamente mais baixas em agosto poderia prejudicar o pegamento dessas flores abertas inicialmente. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de 1º a 14 de agosto, os maiores volumes acumulados de chuvas foram registrados nas estações de Marília (Garça - SP) e de Londrina (PR), com 46 mm e 37,2 mm, respectivamente.

Nas estações de Varginha (Sul de Minas) e de Franca (Mogiana - SP), o volume foi de 17 mm em ambas as regiões. As chuvas na última semana também podem atrapalhar a finalização dos trabalhos de campo (como a colheita) em algumas regiões e diminuir a qualidade dos cafés colhidos na reta final dos trabalhos. Regionalmente, o Noroeste do Paraná é a localidade com a colheita mais avançada, devido à produção inferior à das demais regiões, com os trabalhos somando entre 95% e 98% da área. Em seguida, vêm Garça (SP), entre 85% e 95% do total esperado já colhido, e Mogiana (SP), que soma de 75% a 85%. No Cerrado de Minas (MG), a colheita totaliza entre 73% e 83%, e, no Sul de Minas (MG), entre 70% e 80%. Nas Matas de Minas (Zona da Mata de MG), de 70% a 80% do café já foi colhido.

Em relação ao mercado físico, os preços do arábica estão oscilando nos últimos dias, mas o movimento de alta ainda predomina, devido aos ganhos externos. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.298,78 por saca de 60 Kg, elevação de 1,7% nos últimos sete dias. Ainda assim, os agentes se mantêm afastados do spot nacional. Na Bolsa de Nova York, o contrato Setembro/2022 está cotado a 225,50 centavos de dólar por libra-peso, avanço de 6,4% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.