10/Ago/2022
A colheita de café arábica da temporada 2022/2023 deve ser finalizada nas próximas semanas. Apesar do atraso inicial dos trabalhos, o clima mais firme e seco durante a maior parte da colheita permitiu que as atividades no campo avançassem um pouco mais em julho e neste começo de agosto. Além disso, o menor volume esperado também deve fazer com que a colheita seja encerrada nesta primeira quinzena do mês, restando apenas algumas lavouras para o final de agosto e começo de setembro. Regionalmente, o Noroeste do Paraná está com os trabalhos mais avançados, visto que tem menor volume a ser colhido, totalizando entre 85% e 95% da área.
Na região de Garça (SP), entre 80% e 90% da produção esperada foi colhida, seguida pela Mogiana (SP), que soma de 75% a 80%. No Cerrado Mineiro, a colheita totaliza entre 65% e 75%, e no Sul de Minas, entre 60% e 70%. Nas Matas de Minas (Zona da Mata), a quantidade já retirada é de 55% a 60%. Diante desse alto percentual já colhido, a quebra de safra em 2022/2023 já é confirmada. Agentes apontam que houve drástica diminuição do volume esperado inicialmente, sobretudo nas regiões de Mogiana e Cerrado Mineiro. Por outro lado, esta temporada tem sido marcada por grãos de boa qualidade de bebida, devido ao clima seco durante a colheita.
Quanto ao mercado físico, os preços do café arábica estão oscilando com força no Brasil, em decorrência de incertezas econômicas mundiais, devido ao temor de uma nova recessão global. Nos últimos sete dias, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 variou entre R$ 1.261,57 por saca de 60 Kg e R$ 1.314,78 por saca de 60 Kg. Esse cenário manteve agentes retraídos do spot nacional. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.277,30 por saca de 60 Kg, queda de 0,6% nos últimos sete dias. Na Bolsa de Nova York, o contrato Setembro/2022 fechou a 211,85 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,6% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.