20/Jul/2022
Os preços do café arábica oscilaram com força nos últimos dias no mercado brasileiro. Nos últimos sete dias, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 apresenta recuo de R$ 90,26 por saca de 60 Kg (ou -6,8%). O Indicador chegou a fechar em R$ 1.239,04 por saca de 60 Kg no dia 14 de julho, o menor patamar diário desde 25 de maio. Agora, o Indicador supera os R$ 1.300,00 por saca de 60 Kg. Os preços nacionais acompanham os valores externos, que foram influenciados pelo receio de uma nova recessão global, o que tem feito com que os fundos troquem seus contratos de café por outros ativos mais seguros. Além disso, o clima seco segue favorecendo a colheita da safra 2022/2023 no Brasil.
Com isso, o contrato Setembro/2022 acumula perda de 2.065 pontos nos últimos sete dias na Bolsa de Nova York. Destaca-se que, no dia 14 de julho, o contrato finalizou a 195,30 centavos de dólar por libra-peso, o menor patamar em nove meses. Na segunda-feira (18/07), no entanto, as cotações externas se elevaram com força, devido a uma correção técnica e à expectativa de que o Fed (o banco central norte-americano) seja menos drástico ao decidir os juros na próxima reunião, após novos estímulos financeiros na China. Com isso, o contrato Setembro/2022 está cotado a 215,20 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,9% nos últimos sete dias.
No Brasil, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.303,58 por saca de 60 Kg, baixa de R$ 27,99 por saca de 60 Kg (-2,1%) nos últimos sete dias. No campo brasileiro, a colheita da safra 2022/2023 segue avançando, ainda que as atividades estejam mais atrasadas em relação às últimas temporadas. No Noroeste do Paraná, os trabalhos estão entre 50% e 60%, enquanto em Garça (SP), esse percentual está entre 45% e 55%. No Sul de Minas e nas Matas de Minas (Zona da Mata), a colheita já se aproxima dos 45%. No Cerrado Mineiro e na Mogiana (SP), as atividades estão entre 35% e 45%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.