13/Jul/2022
A colheita do café arábica segue avançando gradualmente no Brasil. Até a última semana, as atividades somavam 40% da produção esperada nas Matas de Minas (Zona da Mata) e do Noroeste do Paraná. Em Garça (SP), o volume colhido estava entre 35% e 45% do total esperado e, na Mogiana (SP), Sul e Cerrado Mineiro, de 30% a 40%. Os problemas de mão de obra estão sendo amenizados, visto que a colheita mecanizada vem ganhando corpo em boa parte das regiões. Mesmo assim, acredita-se que a qualidade final da safra possa ser ainda mais impactada, uma vez que grãos acabaram secando nos pés, devido ao atraso das atividades de campo.
No geral, os lotes de arábica já disponibilizados no mercado apresentam boas qualidade de bebida e peneira graúda, devido ao clima favorável no enchimento dos grãos e na colheita, apesar de reclamações pontuais relacionadas à broca nos grãos. Em algumas regiões produtoras, foi reportado rendimento um pouco abaixo do esperado. Quanto à produção, com exceção das Matas de Minas (MG), há possibilidade de quebra significativa frente ao esperado inicialmente.
No spot nacional, a liquidez segue baixa, com produtores vendendo seus lotes aos poucos, especialmente em dias de alta das cotações. Os preços estão oscilando, influenciados pelas movimentações dos valores futuros e do dólar. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.331,57 por saca de 60 Kg, baixa de 1,6% nos últimos sete dias. Na Bolsa de Nova York, o contrato Setembro/2022 está cotado a 213,25 centavos de dólar por libra-peso, queda de 3,5% nos últimos sete dias. Os contratos do arábica estão sendo pressionados por temores de uma recessão global. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.