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23/Oct/2025

Conab fará leilões em meio a preços baixos do arroz

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai destinar R$ 300 milhões para movimentar até 630 mil toneladas de arroz da safra 2024/2025. O pacote de medidas é baseado em instrumentos da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). O socorro aos produtores ocorre em meio aos preços baixos do cereal, abaixo do custo de produção, conforme previsto na PGPM. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22/10), após reunião representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). O pacote inclui leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e Aquisições do Governo Federal (AGF).

Todos os instrumentos podem ser acionados quando o preço de mercado de um produto agrícola fica abaixo do Preço Mínimo estipulado pelo governo federal. Atualmente o preço pago ao produtor de arroz no Rio Grande do Sul gira em torno de R$ 58,00 por saco de 50 Kg, R$ 5,00 por saco de 50 Kg abaixo dos R$ 63,64 por saca de 50 Kg estabelecidos como valor mínimo para a temporada. Os objetivos das ações são reequilibrar os preços de mercado, escoar o excedente da safra de arroz e garantir renda mínima aos produtores. A Conab também se preocupa em incentivar o produtor a seguir plantando arroz. As operações de PEP e Pepro devem movimentar, juntas, cerca de 500 mil toneladas de arroz com aporte de R$ 100 milhões. A previsão é de que os leilões comecem em até 15 dias.

Nos certames do PEP, a Conab concede uma subvenção econômica a indústrias e comerciantes que adquirirem o arroz diretamente de produtores ou cooperativas pelo preço mínimo, com o compromisso de escoá-lo para fora da Região Sul. O Pepro é pago diretamente ao produtor que participar dos leilões e vender e escoar o cereal a um valor que some o Preço Mínimo, considerando o prêmio pagão no leilão. Outras 130 mil toneladas de arroz serão compradas pela Conab diretamente dos agricultores via aquisição do governo federal (AGF) para formação de estoques públicos. O investimento no mecanismo será de até R$ 200 milhões. As ações relacionadas à garantia do Preço Mínimo do arroz demandaram investimento de R$ 1,5 bilhão na safra atual, diante da pressão sobre os preços do cereal.

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) avaliou como positivo o anúncio pela Conab de R$ 300 milhões para ajudar a dar liquidez ao mercado de arroz. A entidade esteve reunida nesta quarta-feira (22/10) com o presidente da Conab, Edegar Pretto e comiserou a reunião produtiva, onde foi destacada a necessidade, principalmente desse prêmio de escoamento, para ajudar na atividade e possibilitar uma melhor remuneração. E as AGFs (Aquisição do Governo Federal) também vêm auxiliar o produtor no sentido de estabelecer Preços Mínimos.

O pacote de ajuda da Conab inclui leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e Aquisições do Governo Federal (AGF), instrumentos que podem ser acionados quando o preço de mercado de um produto agrícola fica abaixo do Preço Mínimo estipulado pelo governo federal. Além das medidas emergenciais, também chegou a ser abordada na reunião a necessidade de redução da área do plantio do arroz em função da crise do setor. A entidade estima algo em torno de 15% de área para um enxugamento de estoque. Acreditamos que o produtor está convencido disso, o que naturalmente também provoca uma redução do investimento em tecnologia até pela dificuldade de crédito e juros altos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.