21/Oct/2025
Segundo as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2025 deveria aumentar 1,2%, para 838 milhões de toneladas (556,4 milhões de toneladas base beneficiado), contra 828 milhões de toneladas em 2024. Este aumento reflete as boas colheitas asiáticas pelo terceiro ano consecutivo. Na Índia, a produção aumentou, apesar das condições climáticas irregulares. A produção chinesa também se recuperou em 2025. Na África Subsaariana, a produção deve permanecer estável em 2025. Nos Estados Unidos, a produção caiu devido às inundações nas regiões produtoras do sul. No Mercosul, a produção de 2025 melhorou 16% em comparação com as decepcionantes safras de 2024. O comércio mundial de arroz 2025 deve aumentar 2,6%, para 61,2 milhões de toneladas, contra 59,7 milhões de toneladas em 2024.
Esse aumento se deve principalmente à demanda de importação da África Subsaariana, primeiro polo de importação mundial, onde as compras externas de arroz devem aumentar significativamente 15% em relação a 2024. Em contraste, a demanda asiática está enfraquecida, como por exemplo nas Filipinas e na Indonésia, cujas importações deveriam cair consideravelmente em 2025. A China parece estar voltando ao mercado de importação, aproveitando a queda dos preços mundiais. As primeiras projeções para o comércio mundial em 2026 indicam uma diminuição de 1,8%, para 60,1 milhões de toneladas, o equivalente a 11% da produção mundial de arroz. Os estoques mundiais de arroz, no final de 2025, devem aumentar significativamente 6%, para 210,8 milhões de toneladas.
Na China, as reservas podem aumentar 1%, para 102 milhões de toneladas, respondendo por 70% do consumo interno anual e 50% das reservas mundiais. Na Índia, as reservas terão um forte aumento de 12% devido à melhoria da produção. Os estoques dos principais países exportadores devem atingir 72 milhões de toneladas em 2025 (35% das reservas mundiais), dos quais 52 milhões de toneladas correspondem às reservas da Índia. Em 2026, as primeiras projeções indicam um novo aumento dos estoques mundiais de 2,3%, para 215,6 milhões de toneladas, ou seja, quase 40% do consumo mundial, o que representa um recorde. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.