17/Jul/2025
Após o preço do arroz ter atingido o piso na safra 2024/2025, a Camil Alimentos, maior fabricante de arroz do País, prevê que os preços do cereal possam subir nas próximas semanas. Agora está mais claro que, de fato, o preço do arroz atingiu o piso. Os produtores estão retraídos com pequeno interesse de venda. A expectativa é que possa haver leve alta nos preços do arroz nas próximas semanas, o que deve fazer com que clientes retomem as compras de forma gradual. A reposição de estoques dos varejistas deve ser gradual ao longo das próximas semanas, mas a Camil não acredita em níveis baixos de estoques, apesar do capital de giro em alerta. Não deve haver grande virada nas compras de arroz.
Essa retomada tende a ser diluída nos próximos trimestres, mas já se vê ritmo maior em relação ao primeiro trimestre. O desempenho da companhia na categoria de alto giro no País no trimestre encerrado em maio foi afetado pela redução dos preços de mercado do arroz. O movimento levou à maior cautela dos varejistas em reposição de estoques e pressionou volumes de vendas. A Camil estima que os preços de arroz no mercado nacional recuaram 26,9% do primeiro trimestre fiscal de 2024 para o primeiro trimestre fiscal de 2025. A dinâmica de preço de arroz aponta para recuperação parcial das cotações do cereal no mercado interno, mas a menor rentabilidade ao produtor pode afetar a área destinada ao cultivo do produto na próxima safra.
Com a grande produção no Brasil e no Paraguai, haverá grande oferta de arroz neste ano, sem espaço para grandes recuperações de preço. Do ponto de vista do produtor, a safra é desafiadora em rentabilidade neste ano, o que pode trazer impacto para a próxima safra com alguma redução de área em virtude do desestímulo do preço baixo. O quanto essa oferta grande vai pressionar a próxima safra depende do quanto o Mercosul vai conseguir exportar. Se esse excesso de oferta for tirado para fora do bloco, abre-se espaço para recuperação dos preços no próximo ano. Caso contrário, os preços estarão deprimidos. Ainda é incerto o volume de exportação da safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.