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12/Feb/2025

Comércio global de arroz deve ter leve alta em 2025

Segundo estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2024 teria aumentado 0,9%, atingindo 812,4 milhões de toneladas (539,4 milhões de toneladas base beneficiado), contra 805,5 milhões de toneladas em 2023. Esse aumento refletiu as boas safras na Ásia, especialmente na Índia e na China, mas onde a produção deve ficar abaixo do esperado. Com isso, a Índia se torna o maior produtor mundial de arroz, ultrapassando a China. Na África, a produção teria ficado estável, enquanto na América do Norte houve um novo aumento, após a forte recuperação de 30% registrada em 2023. No Mercosul, prevê-se uma melhora na produção em 2025. O comércio mundial de arroz em 2024 teria crescido 10%, atingindo um recorde de 58,4 milhões de toneladas, contra 53,0 milhões de toneladas em 2023. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela maior demanda de importação das Filipinas e da Indonésia.

Em contraste, a demanda da África Subsaariana, a maior região importadora do mundo, teria diminuído devido aos altos preços globais no primeiro semestre do ano, como resultado das restrições de exportação da Índia. No entanto, a ausência da Índia foi apenas limitada, uma vez que só afetou o arroz branco não-basmati, tendo sido concedidas isenções para países cuja segurança alimentar dependia dos suprimentos indianos, especialmente na África. A China reduziu significativamente suas importações em 2024, utilizando seus estoques pletóricos para atender às necessidades internas. Com o retorno da Índia ao mercado de exportação e a queda nos preços globais, o comércio mundial de arroz se reativou fortemente no último trimestre de 2024. As projeções para 2025 confirmam essa recuperação.

Porém, o comércio mundial pode crescer apenas 1%, devido à queda da demanda de grandes importadores, como a Indonésia, mas atingindo um novo recorde de 59 milhões de toneladas, o que representará, pela primeira vez, 11% da produção global de arroz. Os estoques mundiais de arroz terminando em 2024 teriam aumentado 2,6%, ultrapassando pela primeira vez o patamar de 200 milhões de toneladas, e podem crescer ainda mais em 2025, chegando a 204 milhões de toneladas. A redução dos estoques chineses, ainda abundantes, foi amplamente compensada pelo aumento dos estoques indianos, como resultado das restrições às exportações. Os estoques dos principais países exportadores atingiram 65 milhões de toneladas em 2024, já um aumento em relação a 2023 e representando 33,5% do total global. Fonte: CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.