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19/Dec/2024

BTG Pactual reduz preço-alvo da Camil Alimentos

O BTG Pactual informou em relatório que a recomendação é de compra para as ações da Camil Alimentos, baseada na visão de que a empresa oferece um modelo de negócios estável, forte impulso de lucros, e atraentes valuations. Embora os próximos resultados possam moderar as expectativas, é muito cedo para assumir uma mudança fundamental nessa narrativa, A Camil continua sendo a escolha preferida do BTG entre os produtos básicos de consumo do Brasil. No entanto, o banco reduziu o preço-alvo de 12 meses para R$ 10,00 por ação, ante R$ 12,00 anteriormente, para alinhar com estimativas anuais reduzidas e aumento das taxas de juros. Um dos principais pilares da tese de investimento da Camil é a previsibilidade da demanda por seus principais produtos.

Embora a sazonalidade da colheita e dos preços normalmente explique as variações trimestrais, os volumes tendem a se mover de forma constante durante períodos de 12 meses. O ano fiscal da Camil começa em fevereiro, com resultados mais fracos geralmente aparecendo no 4º trimestre. Atualmente, no entanto, os resultados devem ser mais fracos do que o normal, com volumes em seu segmento de alto giro caindo 15% sequencialmente e em relação ao ano passado. Parte desse declínio pode ser em virtude do consumo de estoque anterior pelos varejistas, embora isso seja menos provável em uma categoria de produtos tão básica. Um ambiente mais competitivo pode ter contribuído para essa diminuição notável no volume. A Camil divulgará seus resultados do terceiro trimestre fiscal deste ano, encerrado em novembro, em 9 de janeiro de 2025.

A previsão é de os volumes brasileiros atingirão 354 mil toneladas (-15% 3T24 ante 2T24 e ante 3T23), afetando as receitas consolidadas, que devem cair para R$ 2,8 bilhões (-5% na comparação trimestral, -13% ante igual período do ano anterior). Apesar dos elevados preços médios do arroz durante o trimestre, o acordo de exportação da Camil com seu fornecedor de açúcar provavelmente mitigou novos declínios de volume. Positivamente espera-se que o segmento internacional tenha um forte desempenho, entregando resultados semelhantes aos do 2º trimestre de 2024. A previsão é de que o EBITDA fique em R$ 194 milhões, com margens encolhendo para 6,8%, em virtude dos volumes menores e preços mais altos do açúcar. O lucro líquido deve atingir R$ 38 milhões, enquanto a geração de caixa é projetada em R$ 660 milhões, impulsionada pela liberação sazonal de capital de giro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.