17/Dec/2024
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) criticou as tentativas do governo federal de intervenção no mercado de arroz ao longo de 2024. Mesmo após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul neste ano, a produção se manteve estável e as importações subsidiadas foram desnecessárias. O governo, sob o pretexto da catástrofe, destinou R$ 7,2 bilhões para importar arroz. O governo usou dinheiro público para comprar um produto de qualidade muito mais baixa, que usa defensivos agrícolas que no Brasil não são permitidos ou até são proibidos, e entregar na gôndola para ser vendida a R$ 4,00 por Kg.
A entidade destacou a relevância da produção de arroz no Estados para o abastecimento nacional. Entre 60% e 70% do consumo nacional de arroz sai da metade sul do Rio Grande do Sul. A região é tradicionalmente a principal fornecedora de arroz para o mercado brasileiro. Foi reforçado ao governo federal que não faltaria arroz. E não faltou. Mas, o governo dizia que ia faltar arroz. Agora, em plena entressafra, não faltou arroz. A lavoura atual está estabelecida em parâmetros muito parecidos do ano passado, com algumas dificuldades apenas na região do Jacuí, por endividamento dos produtores, porque houve uma destruição do solo e está atrasando o plantio nessa região.
As críticas da Farsul surgem na mesma semana em que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza, na sexta-feira (20/12), seis novos leilões de contrato de opção de venda de arroz, oferecendo 16.241 contratos de 27 toneladas cada. Três desses leilões serão destinados exclusivamente à agricultura familiar. O governo federal destinou cerca de R$ 1 bilhão à Conab para a aquisição de até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca da safra 2024/2025. Fonte: Broadcast Agro.