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26/Nov/2024

Comércio global de arroz deverá avançar em 2025

Segundo estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2023 cresceu 1,2%, para 805,3 milhões de toneladas (534,7 milhões de toneladas base beneficiado), contra 791,6 milhões de toneladas em 2022. Este aumento reflete boas safras na Ásia, África e América do Norte. No Paquistão, a produção aumentou 30%, compensando parcialmente as quedas na Índia, Tailândia e China. Nos Estados Unidos, a produção teve uma forte recuperação de 37%, retornando aos níveis de 2021. Em contraste, a produção no Mercosul caiu novamente devido às más condições climáticas. Para 2024, as perspectivas são promissoras, graças aos recordes de plantio estimulado pela alta dos preços mundiais no primeiro semestre do ano. A produção mundial pode atingir um recorde histórico de 812 milhões de toneladas (538,9 milhões de toneladas base beneficiado), com uma significativa melhora na produção indiana. Por outro lado, as colheitas na China podem ser menores do que o previsto.

Assim, a Índia deve se tornar o maior produtor mundial de arroz em 2024. Em 2023, o comércio mundial de arroz caiu 6,2%, para 52,9 milhões de toneladas, contra 56,4 milhões de toneladas anteriormente. A queda se deve, principalmente, à redução das importações chinesas e ao aumento da produção em regiões deficitárias, como África, Oriente Médio e sul da Ásia. A alta acentuada dos preços mundiais em 2023 levou alguns países importadores a adiarem e/ou reduzirem sua demanda de importação. Essa tendência continuou em 2024, com uma nova queda no comercio mundial de 1,9%, para 51,8 milhões de toneladas. Em contraste, as previsões para 2025 indicam uma recuperação significativa no comércio global de 4,1%, para 54,9 milhões de toneladas. Essas projeções poderiam ser ajustadas para cima com o retorno da Índia ao mercado de exportação, aproximando-se do recorde de 2022.

Os estoques mundiais de arroz terminando em 2023 caíram levemente para 194,1 milhões de toneladas, contra 194,5 milhões de toneladas em 2022, representando 38% das necessidades de consumo mundial. Em 2023, os estoques chineses diminuíram novamente para compensar a estagnação da produção e a redução das importações, embora ainda sejam abundantes, correspondendo a 70% do consumo doméstico anual e 50% dos estoques mundiais. Na Índia, os estoques aumentaram 5%, devido em grande parte às restrições de exportação. Os estoques dos principais países exportadores totalizaram 57,5 milhões de toneladas em 2023, uma leve queda em relação a 2022, representando 30% dos estoques mundiais. Em 2024, espera-se que os estoques mundiais se recuperem 2,8%, para 199,4 milhões de toneladas, com uma nova alta projetada para 2025, atingindo um recorde de 205,4 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.