19/Nov/2024
A Josapar, uma das maiores indústrias de arroz do País e dona da marca Tio João, contratou um empréstimo R$ 152,92 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O dinheiro será usado para transferir a unidade de fertilizantes da empresa da cidade de Pelotas (RS) para Rio Grande (RS). Em comunicado ao mercado, a empresa não detalha os motivos da transferência. O prazo do empréstimo é de dez anos, com carência para pagamento de 24 meses. Outros R$ 41,52 milhões foram obtidos com o BNDES para capital de giro.
Esse empréstimo é de cinco anos, sendo 12 meses de carência para pagamento. Nesta segunda-feira (18/11), a Josapar, divulgou que teve um lucro líquido de R$ 3,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, finalizado em setembro, na comparação com um lucro líquido de R$ 385 mil no mesmo período de 2023. No acumulado dos nove meses de 2024, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 22,36 milhões, frente a R$ 3,7 milhões em igual período do ano passado. A receita líquida trimestral da companhia somou R$ 586,9 milhões, pouco abaixo dos R$ 599,8 milhões do terceiro trimestre de 2023.
No ano, a receita líquida da Josapar totalizou R$ 1,52 bilhão, também bastante próxima aos R$ 1,45 bilhão de um ano antes. Segundo a demonstração financeira, o aumento da lucratividade se deve a queda do estoque médio de passagem da safra anterior, e a redução de oferta de arroz no mercado internacional, o que sustentou o nível de preço das matérias-primas no decorrer desta entressafra. As exportações representaram 8,6% da receita total da companhia entre janeiro e setembro, e 10,6% das receitas no terceiro trimestre de 2024, quando no ano anterior haviam atingido 8,8% e 9,3%, respectivamente.
O braço de fertilizantes da empresa, cuja participação na receita total da companhia havia decaído consideravelmente em 2023 por normalização da oferta das matérias-primas e redução dos preços, teve em 2024 volumes prejudicados por conta dos eventos climáticos extraordinários ocorridos no Rio Grande do Sul, sobretudo pelo alagamento da unidade fabril, que ficou inoperante por pouco mais de um mês. Esses fatores trouxeram reflexos nas margens e nos volumes financeiros da receita desse segmento, que contribuem para o deslocamento da margem total da companhia.
Em decorrência desse conjunto de fatores, o faturamento da empresa no acumulado do ano até setembro foi de R$ 1,7 bilhão, frente a R$ 1,6 bilhão do ano anterior, e no trimestre foi de R$ 643 milhões em relação a R$ 656 milhões do mesmo período do ano anterior. A geração líquida de caixa medida pelo Ebitda no acumulado do exercício foi de R$ 106 milhões (7% das vendas líquidas), e no acumulado de 2023 foi de R$ 90 milhões (6% das vendas líquidas). Neste trimestre foi de R$ 28 milhões (5% das vendas líquidas), e o no terceiro trimestre de 2023 foi de R$ 41 milhões (7% das vendas líquidas). Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.