18/Sep/2024

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (17/09) as expectativas iniciais para safra brasileira de grãos 2024/2025 durante o evento "Perspectivas para a Agropecuária - Safra 2024/2025". Para o arroz, a produção do Brasil deve crescer 14,67% na safra 2024/2025, para 12,142 milhões de toneladas. Na temporada anterior, o País produziu 10,589 milhões de toneladas. O crescimento da produção deve ser impulsionado sobretudo pelo aumento de 11% na área plantada, saindo de 1,608 milhão de hectares para 1,785 milhão de hectares. A produtividade deve avançar 3,3%, de 6.587 quilos por hectare para 6.804 quilos por hectare.

A projeção é de um incremento na área destinada ao arroz na temporada 2024/2025 mais intenso do que o identificado na safra 2023/2024. Os preços e a rentabilidade da cultura encontram-se em um dos melhores patamares históricos para o produtor. Com isso, a perspectiva é de uma produção recuperando o volume obtido na safra 2017/2018. As estimativas consideram um cenário de La Niña moderado, com expectativa de maior insolação e menor intensidade de chuvas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O La Niña tende a ser favorável para a produtividade de arroz no Rio Grande do Sul, que perfaz 68% da produção nacional.

Os preços atrativos e boa rentabilidade tem atraído o produtor a voltar a plantar arroz não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em outras regiões produtoras. O governo tem sinalizado apoio ao setor, que é de interesse nacional na recuperação produtiva. As exportações do cereal devem crescer de 1,3 milhão de toneladas para 2 milhões de toneladas em 2024/2025. O Brasil deve importar 1,4 milhão de toneladas na temporada 2024/2025, contra 1,7 milhão de toneladas do ciclo anterior. Essa maior disponibilidade do grão e a expectativa de retração dos preços internacionais possivelmente vai resultar na reversão da balança comercial do arroz, voltando a operar de maneira superavitária.

Os estoques de passagem do grão tendem a apresentar recuperação de 136,6% ao fim da safra 2024/2025, de 939,4 mil toneladas ante 390 mil toneladas em 2023/2024. Para os preços do cereal, que representa uma fatia importante na cesta básica e na inflação de alimentos, a expectativa é de arrefecimento das cotações internas na próxima safra. Para entrada da safra, o preço médio deve ficar em R$ 97,92 por saco de 50 Kg em março de 2025, abaixo do cotado atualmente, entre R$ 115,00 e R$ 120,00 por saco de 50 Kg. Essa redução de preço, embora reflita na rentabilidade, o rendimento continua atrativo ao setor. A estimativa é a primeira para a temporada 2024/2025. O levantamento foi realizado pela primeira vez em parceria com o Banco do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.