16/Sep/2024
Segundo estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2023 aumentou 1,2% para 800,0 milhões de toneladas (531,8 milhões de toneladas base beneficiado) contra 791,5 milhões de toneladas em 2022. Este aumento reflete as boas colheitas na Ásia, África e América do Norte. No Paquistão, a produção aumentou 30%, o que compensará parcialmente as reduções na Índia, Tailândia e China. Nos Estados Unidos, a produção registrou uma forte recuperação de 37%, retornando ao nível de 2021. Por outro lado, a produção no Mercosul diminuiu novamente devido às más condições climáticas. Em 2024, novas projeções indicam um novo aumento da produção mundial para 808,6 milhões de toneladas (537,0 milhões de toneladas base beneficiado). O comércio mundial de arroz em 2023 diminuiu 6,2%, para 52,9 milhões de toneladas contra 56,4 milhões de toneladas anteriormente.
A redução deve-se principalmente à queda das importações chinesas, bem como ao aumento da produção em algumas regiões deficitárias, especialmente na África, Oriente Médio e Ásia do Sul. Além disso, o embargo da Índia sobre suas exportações de arroz branco não-basmati contribuiu para acentuar a queda do comércio mundial. O forte aumento dos preços mundiais, devido em grande parte a essas restrições, obrigou alguns países importadores a adiarem e/ou reduzirem a demanda de importação. No entanto, parte da redução das exportações indianas foi compensada pela Tailândia e pelo Vietnã, ambos registrando um aumento de 15% nas vendas externas em 2023. As exportações de arroz da Índia, somando todas as categorias, caíram 20%. Em 2024, o comércio mundial deve cair 1,5%, para 52,0 milhões de toneladas. Em contraste, as primeiras projeções para 2025 indicam uma recuperação de 2,5%, para 53,3 milhões de toneladas, embora ainda abaixo do recorde de 56,4 milhões de toneladas em 2022.
Os estoques mundiais de arroz terminando em 2023 diminuíram para 194,7 milhões de toneladas, contra 195,8 milhões de toneladas em 2022, representando 37% das necessidades de consumo mundial. Em 2023, as reservas chinesas diminuíram novamente para compensar a estagnação da produção e a redução das importações. No entanto, os estoques da China continuam abundantes, correspondendo a 70% do consumo doméstico anual e a 50% dos estoques mundiais. Na Índia, as reservas aumentaram 5% devido em grande parte à limitação das exportações. Os estoques dos principais países exportadores subiram para 57,5 milhões de toneladas em 2023, levemente inferiores aos de 2022 e representando 30% dos estoques mundiais. Em 2024, prevê-se que os estoques aumentem 1,7%, estimados atualmente em 198,0 milhões de toneladas, e podem crescer novamente em 2025 para 204,8 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.