10/Sep/2024

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, mesmo com as perdas nas lavouras do Rio Grande do Sul decorrentes das enchentes de maio, a safra de arroz está com balanço equilibrado entre oferta e consumo nacional. Essa conjuntura, somada à situação mundial de estoques mais ajustados de arroz, mantém os preços do cereal sustentados. A alta do dólar dificulta um pouco a importação de arroz. Isso, em um primeiro momento, fará com que ainda o preço do arroz fique um pouco mais elevado ao consumidor. Mas, medidas de estímulo à produção serão tomadas para que o Brasil tenha mais arroz a um preço justo, tanto para o produtor quanto para o consumidor final.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima produção de 10,589 milhões de toneladas de arroz na safra atual e consumo de 11 milhões de toneladas. Segundo o ministro, o cenário atual não é de preocupação. É um mercado muito equilibrado, mas precisa de um pouco de atenção em relação ao estímulo à produção. O governo federal tem elevado a atenção sobre o aumento do preço do arroz ao longo deste ano, a fim de evitar a escalada da inflação de alimentos, dado o alto consumo do produto na alimentação brasileira e seu impacto na cesta básica.

Fávaro voltou a afirmar que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária é temporária. O período é de preços internacionais achatados, o que diminui a renda do produtor. É temporário, mas o governo está ao lado do produtor para que a retomada aconteça com R$ 3 bilhões a mais de recursos no Plano Safra 2024/2025. O PIB agro recuou 2,9% no segundo trimestre na comparação com igual período do ano anterior, enquanto o PIB nacional cresceu 3,3%. No ano passado, com 15% de crescimento, a agropecuária foi o setor que mais cresceu e puxou o PIB de 3%. O governo está atento a isso porque sabe que o PIB volta a crescer com a agropecuária. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.